sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

"penalti por marcar"

Tenho pena que ninguém na comunicação social diga isto. Tenho pena que o Tribunal d'O Jogo seja escrito por 3 ex-arbitros, com anos de arbitragem, e nenhum se preocupe em constatar um facto: a haver falta, a bola não estava em jogo. Para ser penalti a bola tinha de estar em jogo e se virmos o vídeo, vemos que Elias ainda não tinha marcado o livre.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ainda a propósito do derbi

não queria deixar de sublinhar esta notícia, que julgo trazer tranquilidade em relação ao processo de modernização de Portugal.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

a insonorização

Salema, pobre Salema, à procura de conforto entre os sportinguistas decide abdicar de qualquer ponta de inteligência e afirmar que a rede que o Benfica vai pôr serve para insonorizar os seus adeptos... Não sei se este discurso de perseguição e vitimização colhe fãs, sei apenas que para o ter é preciso prescindir de grande parte da massa encefálica.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Combustível: ódio; Lubrificante: revolta; Aditivos: "injustiças"

Num ano em que as coisas não carburam no FC Porto. Vítor Pereira já anda a dizer que as pessoas estão a fazer uma campanha contra o Porto.. tentando pegar na fórmula contra tudo e contra todos... Agora têm mais esta para ver se a máquina não gripa:
F.C. Porto critica homenagens a Benfica e Sporting

Confederação do Desporto de Portugal atribuiu prémio Alto Prestígio aos dois clubes de Lisboa. Portistas questionam critérios num ano em que venceram títulos em todas as modalidades.

Critérios UEFeiros

O Setúbal não pode jogar no Bonfim porque as casas-de-banho provavelmente não têm urinóis em jogos para discutir o acesso à fase de grupos da Liga Europa, porém pode discutir-se o acesso ao Euro 2012 num batatal

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Paulo Bento

Hoje passado algum tempo percebo os meus amigos sportinguistas fartos de Paulo Bento...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Arbitragens

O Benfica tem o hábito de falar (ou de se queixar) da arbitragem apenas quando perde. Já o Sporting apenas quando é prejudicado. Ao passo que o FC Porto reclama mesmo quando é beneficiado.

Ontem o Benfica somou o terceiro jogo em que é prejudicado. OK, não está a jogar bem. Mas com um golo mal anulado contra o Olhanense, um penalty não marcado que daria o 2-0 contra o Basileia e... uma expulsão perdoada ao Braga, um penalty não marcado e um penalty muito forçado marcado contra o Benfica... fica complicado...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Notas sobre o Benfica

Escrevo este texto após ter visto os jogos contra Basileia e Olhanense. Dois bons 15 minutos para dois 75 minutos muito fracos. Em minha opinião, desde a época passada, nalguns jogos, Jesus apercebeu-se que jogando a Champions (ao contrário da Liga Europa de há 3 anos) tem de jogar a gerir o esforço. Até porque mesmo há 3 anos, a equipa, que praticou um dos melhores jogos dos últimos 30, 40 anos do Benfica, acabou por quebrar 2 meses antes do final. A preparação física é, assim, um dos problemas de Jesus. E é com a entrada na Champions que Jesus se apercebe que para durar tem de jogar a gerir o esforço. No entanto, isso é coisa que as equipas de Jesus não sabem fazer, os resultados e exibições são conseguidos fruto de uma intensidade esgotante.
O ano passado já a correr atrás do prejuízo, após perder muitos pontos nos primeiros jogos e já com o sonho da Champions desfeito, Jesus volta à fórmula antiga e o Benfica não pára de ganhar, conseguido um record de vitórias consecutivas... Até que o balão esgota-se, o físico cai, os maus resultados aparecem and so on...

Pode haver cagança em muitos jogadores (a chamada "nota artística"), mas quanto a mim há claramente deficiências no sistema de jogo quando se pretende gerir um jogo. E este mês de Novembro quiçá imponha respeito ao ponto de não quererem dar tudo, mas isso pode comprometer os objectivos.

sábado, 24 de setembro de 2011

Sporting - uma belíssima exibição

Não há fome que não dê em fartura. Neste caso não necessariamente a fome de golos (que até têm aparecido) mas a fome de criação de situações de golo.
Disse-nos a estatística que o Sporting, até à jornada 2 foi a equipa que mais ocasiões de golo construiu, mas disse-nos o bom senso que a validade dessa análise era nula, tendo em conta a pobreza da orgânica da equipa, que tornava a equipa mais dependente do acaso (ver golos de Izmailov. Um par de jornadas seguiram-se em que, se a orgância não melhorou, o aproveitamento sim, o que deu para safar a pele de Domingos.

Mas eis que tudo se transforma no jogo de hoje. A circulação de bola foi muito interessante, privilegiando-se a posse mas assumindo um certo risco - risco esse diluído na agressividade da recuperação e ocupação dos espaços. Para tal, algo de extraordinário aconteceu hoje: a movimentação dos jogadores sem bola, como que num Eureka colectivo, que permitiu a existência de espaços nos movimentos ofensivos e relativa ausência deles nos momentos defensivos (aqui uma vez mais as estatísticas, demonstrando terem havido 10 oportunidades de golo para os sadinos - e 15 para os sportinguistas -, deturpam a realidade dum jogo em que a probabilidade do Vitória marcar um golo foi sempre muitíssimo inferior à do Sporting golear a sério).

Ainda assim, alguns sinais de preocupação em relação ao índice de aproveitamento. Mas voltando ao início deste texto, o que tem preocupado seriamente os sportinguistas (ou o que deveria preocupar, melhor dizendo), de há vários anos a esta parte, é a ausência de construção ofensiva, e essa hoje abundou, o que é um sinal muito positivo.

Alguns curtos destaques individuais:
Wolfswinkel - óptimas movimentações, e um soberbo 1º golo. Ainda assim, um índice de aproveitamento que arriscaria dizer inferior ao do Postiga. Mas vai revelando ter sido uma boa contratação.
Schaars - lúcido.
Carrillo - endiabrado qb, bom na conservação da posse de bola, tivesse melhor técnica de remate e lembrar-me-ia o Nani. Mais do que o português, respeita a importância do colectivo,
Rinaudo - um jogador indispensável, rapidez de reacção, recuperação de bola e critério no subsequente transporte.
Capel - pertence a um tipo de jogadores que se recusam a usar o pé direito. Porém, só aqueles predestinados (Messi, Maradona, Drulovic, Balakov) são capazes de evitar a previsibilidade que caracteriza o jogo do espanhol.
João Pereira - um defesa direito raro, importantíssimo na dinâmica ofensiva do Sporting, mas que descura as suas funções defensivas de um modo comprometedor.
Onyewu e Rodriguez - difícil de ignorar a importância do primeiro no jogo aéreo, mas ambos são fracos para jogar ao nível a que o Sporting tem de jogar. Lentos e sem capacidade de iniciar a construção do jogo. Para além do mais, teimam em comprometer o guarda-redes com atrasos pouco cuidadosos.
Rui Patrício - um destaque especial para o elemento que transformou as jogadas de perigo do Vitória em lances rapidamente resolvidos para o lado do Sporting, demonstrando reflexos e segurança, como sempre. Ainda assim, Patrício foi assobiado, para não variar, ao responder em dificuldade a um atraso de merda do Rodriguez, tendo este todo o espaço do mundo para fazer melhor. Patrício podia ter chutado para a linha lateral, mas tentou fazer melhor que isso, que isto é futebol moderno. Saíu-se mal e o público, claro, não perdoou. Mas gostava de ver aqui o Filipe a analisar a quantidade de passes longos criados pelo guarda-redes que possibilitaram um avanço ofensivo do Sporting esta noite. Eu contei vários.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

perfidez

Os últimos dois parágrafos deste post foram publicados hoje no site do Record, que só visitei para confirmar a questão Izmailov. Fico sem saber se o autor dos mesmos não sabe escrever português, se tem um problema cognitivo ou se a confusão sintáctica e dialéctica é propositada, tendo como princípio que a maiorias dos leitores são ou iletrados ou estúpidos.

A intenção de Marat Izmailov em solicitar uma pensão por incapacidade para exercer a profissão de futebolista é cada vez mais comum no futebol moderno. A principal questão que diferencia um caso de outro tem a ver com o tipo de incapacidade solicitada pelo jogador e determinada por junta médica nomeada pelo Tribunal de Trabalho.

Na notícia avançada na edição de ontem, Record não disse que Izmailov solicitara uma incapacidade permanente – pelo contrário, ficou claro que essa incapacidade seria sempre determinada pelo Tribunal.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Tudo o que é demais, enjoa

Faltavam 20 segundos para o final das compensações do árbitro. Minuto e meio antes, banho de água frio com o golo de Thiago Silva. O Barça ganha um livre a meio do meio campo adversário, ligeiramente encostado para a esquerda. A esperança no golo da vitória renasce. Mas não, não vejo os centrais subirem todos para a área. Um jogador catalão prepara-se para bater, preocupo-me em estar atento com as movimentações na área, afinal também de uma bola parada nascera um golo segundos antes. O livre é batido. Deu um toque para o lado direito, o jogador que a recebe passa para trás, esse jogador passa para o lado e o outro 3 metros para a frente. O árbitro apita. O jogo terminou.

Líricos considerarão isto não abrir mão de um conceito de jogo. Eu considero isto pura estupidez.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

o Vídeo do presidente

A ideia de que a probabilidade de sucesso relacionado com uma decisão aumenta proporcionalmente à quantidade de informação que a sustentou é universalmente aceite hoje em dia e nela assenta grande parte do que é o raciocínio científico pós-moderno. Malcolm Gladwell no seu famoso livro Blink (que mais ou menos recomendo) contesta este ponto de vista e defende, recorrendo a estudos mais ou menos científicos, a capacidade dos nossos cérebros em, a um nível subconsciente, formular conclusões com base em reduzidíssimas quantidades de informação, assimiladas numa fracção de segundo, tão ou mais válidas que aquelas que nascem do aprofundado estudo das demais variáveis.

Abandonar-me a esse exercício de me deixar levar pelo gut feeling foi o que fiz no post anterior. E, por coincidência, em Alvalade, duas coisas aconteceram que considero deploráveis: a venda de dois titulares, portugueses, um deles titular indiscutível da Selecção, o outro Sportinguista e atleta do clube há 14 anos, ambos pela porta pequena, quase que expulsos; e a intervenção de Godinho Lopes, registada no site do Sporting como Vídeo do Presidente.

Ambos registos são-me assustadores na medida em que representam a continuação (ia escrevendo o regresso mas talvez não tenhamos chegado a partir) do pior que o Roquetismo e Bettencourismo tiveram: a delapidação - basta olhar para lista de convocados da Selecção Nacional - e a comunicação. Godinho Lopes, numa tensão dificilmente compreensível, perde-se em acusações vagas e resume os males do Sporting às vozes discordantes que circulam na net. Vale a pena ver o vídeo se se tiver um fetiche pelo FAIL. A intervenção (nada divina) foi tão eficaz que me levou a escrever este texto, 5 meses depois.

domingo, 28 de agosto de 2011

Um momento revelador

Uma fracção de segundo foi o suficiente para eu pela primeira vez cogitar acerca da insuficiência de Domingos no que ao Sporting diz respeito. É o momento imediatamente a seguir ao segundo golo do Marítimo, em que o realizador nos permite ver a reacção do treinador ao mesmo: levanta-se do banco e numa urgência tristonha brada a alguém que traga os jogadores que estavam a aquecer.

Por que me marcou tão negativamente essa imagem de Domingos? Por ter tido a reacção do adepto bruto, ou seja, por me fazer crer que estava a tomar uma decisão emocional, um basta!, como se o erro de João Pereira (erro de amador, esse de fazer um passe de risco para o centro do terreno) pudesse ter alguma coisa a ver com uma mudança táctica ou com o desempenho dos jogadores substituídos. Afinal de contas, o 1-1 ou o 1-2 significam a mesma coisa para o Sporting: a necessidade de fazer um golo o quanto antes.

Acabou assim o Sporting de hoje, livre dos mal-amados Postiga e Djaló, a jogar com dois pontas-de-lança pesados, imóveis, pêrros, perdidos em campo. Os brutos agradecem. A conta bancária do Carlos Freitas muito provavelmente também.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O valor das conquistas nas camadas jovens

A geração de ouro criou uma aura em torno das selecções jovens portuguesas, não só pelas conquistas ao nível da formação como pelos jogadores que sairam desta fornada. Dois mundiais seguidos deram-nos também Vitor Baia, Jorge Costa, Fernando Couto, Abel Xavier, Paulo Sousa, Rui Costa, Figo, João Vieira Pinto, entre outros. Falamos da base da Selecção A durante quase uma decada.
Em 95 voltámos aos lugares de honra, também num Mundial, quando ficámos em terceiro no Qatar. Em campo brilhavam poucos jogadores de que se tenha ouvido falar durante a sua carreira de senior. Os mais conhecidos são Quim, Nuno Gomes e Dani. De resto, Mário Silva e Bruno Caires talvez tenham sido os que atingiram um patamar mais elevado mas sem oferecer nada à selecção A.
Se os campeões de 91 eram já a base da selecção no europeu de 96 (5 anos de amadurecimento), a geração Qatar em 2000 foi representada muito bem por Nuno Gomes, enquanto Quim limitou-se a aproveitar a boleia dos colegas. Daí para a frente não apareceram mais jogadores desta leva.
Falando de outras competições, os últimos a ter sucesso foram os campeões europeus de sub-17 de 2003. Entre estes, Miguel Veloso, João Moutinho, Manuel Fernandes e Paulo Machado são hoje internacionais A. Uma excelente geração de centro-campistas que incluia Márcio Sousa, um talento natural que infelizmente nunca chegou ao nível esperado e hoje veste as cores do Tondela. Mas existem ainda outros como Saleiro que poderão vir a ter internacionalizações.

Este exercicio surge no dia em que a já apelidada "Geração da Coragem", disputa a meias-finais do mundial de sub-20 frente à França. Os vários especialistas que ouvi antes do arranque da competição, um deles importante responsável técnico na federação, foram unânimes em apelidar o talento ali presente de mediocre e "fraquinho". O que vi até agora não me leva propriamente a discordar... Ainda assim, esperemos que dali venham surpresas das boas para o futuro da nossa selecção que, pelo excedente de estrangeiros nas nossas ligas, não se avizinha brilhante.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O Falcão que falta

Ainda não percebi se foi deliberado ou se está a ocorrer por força das circunstâncias mas o Benfica dos últimos 3 jogos (leia-se a eliminatória com o Trabzonspor e a Eusébio Cup) parece mostrar sinais de encaminhar-se para um novo modelo de jogo.
A bola continua a ter pressa de chegar na frente mas, a partir daí, parece querer ser trabalhada em passes rápidos e mais curtos, envolvendo 3 ou mais jogadores. Witsel e Aimar são responsáveis por um meio campo mais próximo em que os médios ofensivos e avançados já não são forçados a procurar sozinhos desenvencilhar-se dos adversários e criar situações de desiquilibrio. Há tabelas, há passes diagonais, e mesmo verticais, de rotura. Há movimento na frente e alguma dinâmica na hora de escolher como se irá finalizar a jogada.
O que parece faltar, para além de maior entrosamento, é alguém que surja com regularidade na àrea para finalizar... e em movimento. E este é o momento em que Cardozo se torna desenquadrado do resto da equipa. Sem movimentos largos no momento de construção que permitam ao paraguaio escolher o seu lugar na àrea antes do passe, a principal referência atacante do Benfica nas últimas épocas fica "aos papeis". Saviola tem a dinâmica e sobretudo a inteligência para cumprir este lugar mas faltará a capacidade de aparecer sistematicamente à frente do defesa. Jara fisicamente seria o mais adequado mas falta-lhe rotina de àrea.
O melhor jogador mesmo para fechar este ataque seria... Falcão

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Benfica ontem

Quando leio um artigo escrito em total consonância com o que penso, prefiro partilhá-lo:
http://entredez.blogspot.com/2011/07/licoes-de-mestre-7.html

terça-feira, 19 de julho de 2011

Roberto e Eduardo

Há um ano, Benfica queria Eduardo, mas Eduardo e Sp Braga tiveram melhor proposta do Génova.
Há um ano, Saragoça queria Roberto, mas Roberto e At Madrid tiveram melhor proposta do Benfica.

Este ano, Eduardo vem para o Benfica, Roberto para o Saragoça.
Objectivos idênticos: passarem um ano fora do sítio onde se queimaram e ganharam fama de frangueiros...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sporttv vs SLB

No meu passeio matinal por blogues que me levam a outros blogues, vi um artigo (que não me apetece linkar, porque julgo não ser digno disso) sobre a questão da Sporttv. Passadas uma série de linhas pode resumir-se, "caso seja verdadeiro benfiquista, desligue a Sporttv". Pois bem, meus caros, a todos vocês que partilham esta ideia peregrina, digo-vos:

A Sporttv transmite mais que o Benfica, campeonato nacional, etc... transmite liga inglesa, espanhola, italiana, Champions, Copas Américas, etc e tal. Querer acabar-se com a Sporttv para não maltratarem o Benfica ou querer acabar a Sporttv no exacto momento em que o Benfica passar a dar noutro canal revela um dos problemas do futebol português e, assim sendo, do Benfica, que nele está inserido. As pessoas não gostam de futebol. Se gostassem de futebol, isto não seria opção. Gostam de clubes e diga-se de forma cada vez mais doentia, esquecendo-se o intuito com que os clubes foram fundados... jogar a tal coisa que se joga dentro das 4linhas mas que no fundo não interessa para nada a não ser poder discutir merdas durante todos os outros dias.

Caso as pessoas gostassem de futebol em Portugal, muitas das coisas que o estão a envenenar não existiriam. Muitas dessas coisas até são identificadas em blogues anti Sporttv. Infelizmente, não percebem que, no fundo, também eles não gostam de futebol.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Jogadores Profissionais e Amadores

Decorre desde ontem o Estágio do Jogador Desempregado, organizado pelo SJPF. Esta iniciativa decorre todos os anos no defeso com a intenção de pôr em forma e dar visibilidade a jogadores profissionais no desemprego. Este ano, o SJPF decidiu fazer também um treino de captação para amadores e integrou cerca de 10 em Lisboa (versão sul) e outros tantos em Gaia (versão norte).
Ontem visitei este estágio no Estádio Nacional e as conclusões iniciais são intrigantes. A equipa técnica do SJPF está muito bem impressionada com os amadores e considera que alguns têm reais hipóteses de ter uma carreira profissional.
À medida que o tempo avançar vou-vos tentar ir dando novidades, nomeadamente quanto aos jogadores que estão a mostrar mais talento entre alguns nomes mais conhecidos como Rui Baião e Mangualde.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Vasco da Gama à atenção portuguesa

Este fim-de-semana espreitei o jogo do Cruzeiro contra o Vasco da Gama, equipa que actualmente tem vários jogadores que "merecem" a atenção dos adeptos de futebol portugueses, sobretudo do Benfica.
O ponta-de-lança é Alecsandro, ex-jogador do Sporting que partiu sem deixar grandes saudades. Do que vi, não merece mais do que isso... De uma forma ou outra, conseguiu sempre não estar no sitio certo à hora certa.
Ao lado joga Eder Luis, jogador que passou de grande aposta de Jorge Jesus a dispensado. No Brasil, parece realmente estar no seu elemento. Rápido e incisivo no drible, rompe linhas de defesa e desiquilibra o adversário. Do lado do Vasco, o único destaque tão positivo é Diego Souza, outro ex-jogador do Benfica que foi de grande promessa a indesejado em pouco tempo. Se vierem um resumo do jogo, presumo que quase todas as jogadas de perigo incluam o seu nome. Quer seja a distribuir jogo, quer seja a fazer cruzamentos, quer seja a fazer o que poderiam ser últimos passes, Diego está em todo o lado.
Por fim, Dedé. Dedé neste jogo levou um túnel de um jogador do Cruzeiro que de seguida rematou para golo e fez ainda um penalty. Fora isso, não fez nada digno de especial nota a defender. Poderá ter sido um jogo de desinspiração...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Contradições

Então não é que os benfiquistas tanto dizem que o Benfica é o maior clube do Mundo, como entram em rivalidades com o Braga?!
(ainda a propósito da transferência de Nuno Gomes para o Sporting de Braga)

Nuno Gomes em Braga

Há já muitos benfiquistas indignados com a ida de Nuno Gomes para Braga. Dizem que foi para um rival do seu clube. Não, não foi para um rival, foi para o Braga. Provavelmente tendo convites dos outros 2 grandes. Há outros que dizem que se ele quisesse continuar a jogar que continuasse lá fora. Esses esquecem-se que existe a pessoa e se a pessoa não quer sair de Portugal, tem de procurar cá trabalho. Foi o Benfica que não o quis. Ahhh, mas espera, o Benfica ofereceu-lhe um lugar na Administração. A fazer o quê? Nem quem ofereceu o lugar sabe. Deveria Nuno Gomes ter prescindido da sua ambição de jogar o Euro e continuar a jogar e despedir-se sem ser nas bancadas dos estádios como elemento preterido do banco por um "tacho"? Revelaria isso benfiquismo? Aceitar um lugar sem função revela precisamente o contrário. Ao não compactuar com isso demonstrou mais uma vez o seu benfiquismo. O mesmo que o fez voltar em idade útil a custo zero, quando teria propostas de muitos outros grandes clubes europeus.

"Sorteio"

Um amigo enviou-me isto para que eu faça um post sobre o "sorteio" da liga. Já sabia que as contingências eram muitas, mas tantas... Não sei qual a intenção. Mas um sorteio puro traz muito mais verdade a uma competição. Na impossibilidade de um sorteio puro, critérios como uma equipa não jogar 2x fora ou equipas da mesma cidade não jogarem no mesmo fim-de-semana em casa fazem o seu sentido. Todas as outras são ridículas.
  • Inexistência de jogos entre os 3 grandes, Nacional e Marítimo, Braga e Guimarães nas 4 primeiras jornadas;
  • ausência de clássicos em jornadas seguidas;
  • sempre que possível, Benfica, Sporting, Nacional, Marítimo, Sp. Braga, V. Guimarães e Gil Vicente sem jogarem em simultâneo, como anfitriões ou visitantes;
  • os 3 grandes a jogar um clássico em casa para cada das voltas do campeonato;
  • nenhuma equipa a jogar duas vezes consecutivas em casa ou fora;


quinta-feira, 30 de junho de 2011

O sucesso e o insucesso

Saber lidar com o sucesso é tão importante como saber lidar com o insucesso, podendo acrescentar aqui um "e vice-versa" em jeito de graçola.
E curioso é ver que este Benfica em 2 anos consecutivos demonstra não saber lidar nem com um, nem com outro.
O sucesso trouxe aos jogadores cagança e arrogância, aos dirigentes deu-lhes a sensação de legitimidade para fazerem negócios no mínimo muito duvidosos. O insucesso trouxe aos jogadores desmotivação e aos dirigentes deu-lhes a sensação de legitimidade para fazerem uma limpeza de balneário. A um balneário que há pouco mais de um ano dava dos melhores espectáculos que o Benfica já deu.
Tristeza para uns - Benfica. Oportunidade para outros - Porto, Sporting e Braga.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Rui Costa demite-te

Hoje Manuel Sérgio disse: «Hoje, há duas pessoas que mandam no futebol do Benfica. [António] Carraça e Jorge Jesus. Mais ninguém. Cada qual sabe o que tem a fazer e eles é que decidem. Isto é a primeira ideia que tenho do futebol do Benfica. Os benfiquistas podem estar tranquilos porque, hoje, o Benfica está blindado. Mas bem blindado, ali não passa nada. Há rigor, as pessoas trabalham e sabem o que têm a fazer»


Anteontem Jorge Baptista disse que há um bufo na SAD do Benfica que conta tudo ao Porto. Tendo eu (quase) a certeza que não é o Rui Costa, acho que se Jorge Baptista sabe quem é, Rui Costa também sabe e nada faz.

Há uns tempos para justificar o fracasso da época passada, Vieira disse que ia passar a delegar menos, atribuindo assim culpas a quem ele delegou.... Ainda tendo em conta as afirmações de Manuel Sérgio, LFV afinal passou a delegar tudo esta época... Mas a Carraça e Jesus.

Os meus aplausos ao benfiquismo de Nuno Gomes que não aceitou ficar no Benfica só por ficar.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Moutinho Blue or Red

Por vezes tenho que me relembrar que Moutinho ainda é bastante jovem. A verdade é que o jogador do Porto acabou de cumprir a sua 7ª época consecutiva como profissional sénior!
Quando apareceu no Sporting vindo dos escalões de formação, Moutinho foi bastante falado como o herdeiro de João Vieira Pinto. Baixo, talentoso, muitos viam ali um 10 (em bom rigor João Pinto era mais um segundo avançado), organizador de jogo e definidor na última fase de construção. No entanto, rapidamente João foi sendo recuado no campo, e já ouvia muitos outros sábios do futebol a dizer que era o melhor solução dos leões para a posição de médio defensivo. Por fim, acabou por encontrar o seu lugar como um 8 moderno. Moutinho poderá talvez culpar as suas próprias capacidades por toda esta indefinição. Muito disponivel fisicamente para deixar colado na frente, muito ágil a recuperar bolas para ser apenas um criativo, demasiado esclarecido na gestão da posse de bola para participar apenas na fase inicial da jogada (quando a 6), e demasiado inteligente na definição para não surgir regularmente junto à àrea adversária, acabava por ser empurrado de um lado para o outro.
Ainda assim, creio que todos estes papeis acabaram por ajudar à sua evolução que só acabou por estagnar com a própria estagnação da equipa do Sporting que a certa altura deixou de ter o que oferecer a este atleta, que tem potencial para aspirar a voos mais altos.
Por muito que doa a Sportinguistas, o FC Porto é um voo mais alto. E Moutinho agarrou a oportunidade com as duas mãos. À medida que a época foi avançando, Moutinho foi capaz de num ano apenas condensar todos os atributos que ia mostrando separadamente ao longo das temporadas no Sporting. Para mim o momento que cristaliza o fabuloso 2010/2011 do portista foi o jogo contra a Noruega, em que foi um jogador acima dos demais.
O Moutinho que actuou por Portugal no inicio de Junho no Estádio da Luz é um jogador realmente ao nível do suposto interesse de Chelsea e Manchester United. Forte nas divididas, rápido e perspicaz nas intercepções e roubos de bola, quase perfeito no passe, capaz de libertar-se de adversários quando em posse e em espaços reduzidos, um leão!
Se o Moutinho das próximas épocas é o Moutinho do final desta, merece um palco maior, para grande pena de espectadores do futebol português, como eu. Diria mesmo que, sendo um jogador bastante diferente, pode ser o herdeiro, não de JVP no Sporting mas de Scholes no Man United.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Onde começa a culpa do treinador e acaba a do presidente?

Não imagino. Mas Juan José Lopez após 3 descidas de divisão, é contratado pelo River e desce.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Alexi Sanchez e a percepção do futebol

Deparei-me por estas bandas com o Alexis Sanchez, onde também se sugere que poderá estar de partida para Barcelona ou Manchester City. Não sendo um desconhecido, o que mais me chamou a atenção foi o tipo de jogadas escolhidas por quem editou o vídeo: apesar deste fabuloso jogador marcar um golo em cada quatro jogos (desde 2006), o vídeo dá pouca relevância aos mesmos; apesar da técnica do chileno estar na origem de muitas das movimentações criadas pela malta da EA Sports, o vídeo, excepto nos momentos inciais, não dá o habitual pornográfico destaque em slow motion, que tanto nos irrita (nós, aqueles que gostamos de futebol mesmo).
Ao invés, o vídeo revela um jogador quase que obcecado em distribuir jogo. Em recuperar a posse e relançar o ataque o mais rapida e altruisticamente possível. É impossível não nos deliciarmos com este vídeo. E faz-me pensar que felizmente a percepção que as pessoas vão tendo do futebol está a mudar. O individual dá lugar definitivamente ao colectivo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

o que EU conheço de Vítor Pereira

nada. não conheço absolutamente nada acerca do Vítor Pereira.

terça-feira, 21 de junho de 2011

André Villas-Boas era apenas espectáculo de abertura de Vítor Pereira

Quem lê as declarações dos responsáveis do Porto corre o risco de ficar a pensar que Vítor Pereira sempre foi pensado como treinador principal e que André Villas-Boas era apenas um número de abertura para o novo predestinado.
No fundo, pelos vistos, sempre esteve previsto o Chelsea levar o treinador que ganhou 3 títulos nacionais e 1 europeu e bateu recordes de desempenho numa época. Assim, se a expectativa já era grande com o Porto de André Villas-Boas, imagine-se a loucura que vai existir agora com o Porto de Vítor Pereira!
Mas fico confuso... será que Vítor Pereira é o novo Mourinho ou o novo Villas-Boas? Ou será que Villas-boas é o antigo Vítor Pereira que é o novo Mourinho? Ou será que Mourinho é o antigo Vítor Pereira, que é o novo Villas-Boas? Ou será Vítor Pereira é o novo Pedroto que era o antigo Mourinho que era o antigo Villas-Boas que era o novo Robson?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bruno... César?

Bruno César deve ser uma das contratações do Benfica para a próxima época que está a gerar mais expectativa. Rui Costa deu-se até ao trabalho de emitir algumas opiniões sobre o rapaz para ver se gera alguma antecipação.
Do que pude ver até à data é um jogador esclarecido a detectar linhas de passe para os colegas e hábil do ponto de vista técnico para conseguir colocar a bola no local onde tinha os olhos. Por outro lado, parece pouco ágil e destro para quem se precisa de livrar de adversários no centro do terreno.
A dúvida é: será melhor que qual dos jogadores que já cá está?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Enzo Perez ou mais uma dúvida

Segundo parece, Enzo Perez será mesmo jogador do Benfica na próxima época.
Algumas dúvidas:
- quando Luis Filipe Vieira e seus escudeiros acabarem o seu trabalho, ainda haverão jogadores de futebol na américa do sul? Será que o campeonato argentino e brasileiro terá de vir buscar portugueses?
- Enzo Perez é daqueles que vêm para jogar ou é mais um à laia de Fernandez que é só para seguir um qualquer propósito profundo, tão profundo que nunca vê a luz do dia?
- Quantos jogadores terá o plantel do Benfica na próxima época? 30? 40?

Se se concretizar a transferência de Fábio Coentrão para o Real, o Benfica terá vendido em um ano 4 jogadores para 2 das super-equipas mundiais. O que sobra? Na baliza gastou-se uma quantia recorde mas não há certezas. Maxi ficará novamente como o único lateral firme na equipa - Jesus já passou por 3 opções na lateral esquerda e ainda ficará um vazio com a saida de coentrão.
No centro, Luisão é a única opção sólida, o resto pode ou não ter lugar no plantel.
No meio campo, Javi Garcia é o pilar e para a frente há jogadores a mais e a menos, dependendo se falamos de quantidade ou qualidade.
No ataque só há pontos de interrogação.
Curiosamente, o Benfica está a investir como nunca.

Num salto rápido ao norte o que vemos? Carvalho e J. Costa passou a Pepe e Bruno Alves e a Rolando e Otamendi. Nas laterais, Sapunaru e Palito são protegidos por Fucile. Na baliza, Baia passou a Helton e agora sim vêem-se algumas dúvidas na sucessão. Fernando teve tempo para crescer emprestado e tomou o lugar que foi de Paulo Assunção, de Costinha, de paredes, por aí fora. Moutinho tomou o lugar de meireles, que foi de Maniche. Beluschi tomou finalmente o lugar de Lucho, que foi de Diego e antes de Deco e vê-se protegido por Guarin (que também está por Moutinho) e Ruben Micael.
Hulk tomou o papel de destaque que já teve Quaresma. Falcao, o lugar que foi de Lisandro, de Derlei e McCarthy...

Conclusões: todos acertam, todos erram, mas há uns que acertam muitas vezes e outros que erram muitas vezes. Os resultados estão à vista

terça-feira, 24 de maio de 2011

dos estádios em Portugal

Acabei de ver a estatística de médias de espectadores na I Liga (oficial, enviada a um dos patrocinadores) e entre vários dados expectáveis (alguns deprimentes) encontrei também um par de dados interessantes:
- Beira-Mar surgir em sétimo clube com melhor média de público, antes do Vitória de Setúbal
- Braga consolida-se à frente do Vitória de Guimarães, no lote hiper-restrito das audiências acima dos 10.000
- Do quinto lugar do ranking (Guimarães) para o 6º (Académica) a queda é assombrosa. Vai dos quase 14.000 espectadores para os 4.500!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

É este o tipo de jogador que se quer

Um dia após Sálvio ter falado que o Benfica tinha feito uma excelente época. Aimar afirma que o Benfica teve um ano mau e jogou mal, ao contrário do Porto. São jogadores como o Aimar que são precisos, não só por darem tudo em campo, mas também por saberem as exigências do clube e serem inteligentes ao ponto de saber ver futebol sem palas. Até porque para se ter visão de jogo, as palas atrapalham.

Obrigado Aimar por emprestares suor, talento e inteligência a este Benfica.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A suposta "agressão" ao Aimar e os jornais

Curioso ver que um jornal faz uma capa sobre uma agressão e a meio da manhã lança para destaque anotícia que a mulher de um jogador corrobora essa notícia e ver que não escrevem nenhuma notícia (nem com, nem sem destaque) sobre o próprio Aimar desmentir tudo isso. É dada mais credibilidade a namorada de Salvio que a um dos protagonistas da história. Não sei se é por ela ter mamas e ele não.

O facto de a história verdadeira passar por uma reacção mais brusca de Aimar a "bocas" de adeptos é natural. Aimar é um jogador que sempre deu tudo, que nunca amochou... Portanto, não iria ser agora.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Porto no Pote 1

Más notícias para Raul Meireles, soberbas notícias para o seu ex-clube. O Liverpool ter ficado ontem matematicamente afastado da Champions colocou o FC Porto no Pote 1 da liga milionária! Pote 1!
Compreendo que o fim desta época vai ser uma oportunidade de o clube azul e branco e de alguns dos seus jogadores se encherem de euros devido a transferências para campeonatos mais ricos. Ainda assim, Vilas-Boas, Falcão, Hulk, Fernando, Rolando e companhia talvez queiram esperar mais um ano. Porto no Pote 1 abre boas possibilidades não só de apuramento na fase de grupos, ao evitar várias das melhores equipas, como de eventualmente conseguir um primeiro lugar que abriria boas perspectivas para os oitavos, deixando os quartos já à vista. A partir daí, o sonho de mais uma final europeia não paga imposto nem está sujeito a restrições do FMI...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Jesus III - A época tira teimas

Para muito pouca surpresa geral, Luis Filipe Vieira afirmou ontem no seu discurso de estado que para a próxima época vai ficar tudo na mesma mas vai correr tudo de forma diferente.
A um nível de curiosidade cientifica, adorava saber se o Presidente do Benfica acredita mesmo no que diz ou se se limita a acreditar em que os outros acreditem por ele.
Seja como for, Jesus, o messias em descrédito, vai ter direito a mais uma época para provar se os vitupérios de pastilha na boca e as chico-espertices tácticas são mesmo a melhor forma de conduzir uma equipa de futebol profissional candidata ao título.
Para o bem ou mal futuro do Benfica, fico contente de não ter que estar a levar com uma novela sobre o treinador durante um mês de pré-época. Fico assim liberto para dar toda a minha atenção às maravilhosas negociatas sul-americanas e espanholas de Vieira, e tentar adivinhar numa folha A4 como se organiza um plantel com 40 jogadores, dos quais 10 são pontas-de-lança.
Mantendo Jesus, Rui Costa e Vieira, gostava pelo menos de uma pequena revolução no plantel. Mantenham-se os guarda-redes, que dois deles são divertidos e um é da casa. Nas laterais, obrigado Luis Filipe e César Peixoto e boa viagem. Wass supostamente será o companheiro para Maxi e aguardamos substituto para Fábio - que bom se ficasse...
No centro da defesa, era óptimo alguém para complementar Luisão. No meio campo, temos dois 6 iguais, por isso não há que inventar, mantenham-se. Daqui para a frente, era reconsiderar tudo. Para começar um 8 com a intensidade de Amorim, mas de preferência melhor - vem aí Matic mas parece que é mais para escovar as costas de Javi e Airton no duche. Cardozo, Aimar e Saviola podiam juntar-se a Salvio na porta de saída (este infelizmente). Gaitan, na minha opinião, devia jogar mais pela meia esquerda, talvez com Bruno Simão e Carlos Martins na peugada. Bruno César, bom... vamos ver. Mora, Fernandez, Rodrigo e semelhantes, não sei se vão ficar ou se já cumpriram o seu propósito, seja ele qual for. No ataque, gostava de ser surpreendido. Talvez passar a jogar com extremos (depois de tanta conversa, queria mesmo que viesse o Nolito para ver afinal o que vale), talvez ter Nélson Oliveira no plantel com reais hipóteses de calçar. Seja como for, com Cardozo e Saviola a ir embora, precisamos de uma contratação.
Venha daí a pré-época!

sábado, 7 de maio de 2011

Is it just me...

...ou é completamente descabido qualquer tipo de pressão para a chicotada de Jorge Jesus? Então o homem põe o clube onde está a jogar à bola como nunca visto nos últimos 15 anos, vence um campeonato no primeiro ano (e não um campeonato da treta à la Trapatoni), exponencia jogadores como Di Maria, Ramires e David Luiz, rendendo dezenas de milhões de euros para o clube, põe outros aparentemente debilitados como Aimar a jogar belíssimamente, e de maneira geral proporciona bons espectáculos (para os morcões que os vêem), e considera-se a chicotada só porque perdeu o campeonato para um super-Porto (o melhor de sempre?) e saiu da Liga Europa nas meias-finais?? wtf??

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A definição de espectáculo

A evidência: o Barcelona é a melhor equipa de futebol do mundo, e provavelmente a melhor de sempre. Mas há algo em mim, e suponho que em alguns de vocês também, que me leva a torcer por quem defronta esta equipa (informação adicional: o meu fervor Sportinguista foi mais intenso nos anos 80/90).
Mas ao contrário da maior parte dos adeptos de futebol, pelo que observo, tenho uma tendência a afastar-me das noções de "futebol espectáculo", bocejando cada vez mais com golos de calcanhar ou de bicicleta, preocupando-me sim com os processos ofensivos e defensivos de uma equipa, com particular interesse nas adaptações que um conjunto tem de fazer quando joga contra outro potencialmente mais forte (ou mais forte em determinadas áreas).
Está muito na moda dizer que uma equipa para ter identidade deve jogar de acordo com os mesmos princípios, sempre, ou quase sempre, como o Barcelona faz. Pergunto-me o que seria do xadrez se a mesma regra se aplicasse e o jogador tivesse a tendência de abrir o jogo sempre da mesma maneira...
Comparação descabida, talvez, mas o futebol interessa-me cada vez mais pelos seus processos intelectuais em detrimento dos técnicos, mesmo que os primeiros não sobrevivam sem os outros.
Nesse sentido, nos últimos tempos dois jogos em particular fascinaram-me, no verdadeiro sentido da palavra, elegendo-os como provavelmente os melhores jogos de futebol a que já assisti na vida: o Barcelona-Inter das meias finais do ano passado e o Portugal-Espanha do campeonato do mundo na África do Sul. Os níveis de concentração, a vontade de seguir em frente, a quase ausência de erros individuais, a ocupação dos espaços, a unidade das equipas, como se fossem dois gigantes debruçados do topo do estádio a mexer as peças do tabuleiro e não vinte e dois cérebros (ou vinte-e-um, no caso do jogo da Liga dos campeões) numa azáfama infernal.
Dito isto, não consigo compreender as críticas a Mourinho, quando o acusam de perverter o espectáculo em função dos resultados. O futebol é como o póker: quando se joga a feijões, não tem interesse nenhum.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A minha visão do Real

Uma equipa que não sabe comportar-se perante o sucesso do rival, contudo provavelmente nenhuma equipa no mundo saberá muito bem. Assim, é acusada de ser uma equipa sem identidade, mas provavelmente ao longo da história, a identidade desta equipa foi agregar os melhores do mundo. É o que continua a fazer actualmente. O ano passado com o regresso de Florentino houve um investimento nunca antes visto para poder apagar vergonhas como o 2 - 6 em casa. Tinha aparecido a melhor equipa da história e para ganhar a esta era necessário ser melhor que a melhor de sempre. Naturalmente não foram. Contrataram um treinador com bom trabalho no Villareal, mas seria isso suficiente? Não, claro que não. Tinha de ser uma estrela entre estrelas ou então... um Del Bosque. Mas Del Bosque só há um, está na selecção e se quiser ser considerado sempre a melhor solução, um Dom Sebastião... nunca mais será treinador do Real.
Assim, este ano foram buscar uma estrela... Mourinho. E sobre a entrada de Mourinho no Real convido-vos a ler este artigo com quase um ano e que mostra-se muito actual.
É um clube que tenta ser da realeza, movendo-se com uma diplomacia que nem sempre é verdadeira. Assim têm na sua estrutura Valdano. Um tipo que na sua carreira pós-jogador pouco fez, mas que é "um senhor"... sempre diplomático, sempre politicamente correcto. Goste-se ou não do estilo, há que lhe dar mérito por assim conseguir perdurar na estrutura de um dos maiores clubes do mundo.

Indo ao jogo de ontem / agregado dos 4 jogos e à postura do Real nesses jogos, considero que após o 5-0, Mourinho apercebeu-se que o Barcelona é uma equipa que passeia em espaços criados pelo adversário. E espaços no futebol são criados por erros posicionais, de concentração ou quando uma equipa desmonta-se para atacar. Assim, jogou 2 jogos na expectativa... curiosamente os 2 de Madrid. Como as coisas não correram mal, muitos não o perdoam. E mesmo que tivesse corrido bem, não seria fácil para o público de Madrid gostar disto. Recordo-me de Capello ser despedido campeão por não dar espectáculo, de Del Piero ter feito ruir o Real e ter sido aplaudido.... até o próprio Ronaldinho. O Real é assim. E Mourinho tinha de o saber.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O estranho ambiente entre Porto e Benfica

Tomei conhecimento que as marcas que investem em futebol em Portugal estão quase todas receosas de executar acções relativas a uma possível final Porto Benfica na Liga Europa. O potencial de vendas e aquisição de clientes não parecem justificar o factor risco que hoje em dia é associado a juntar adeptos dos dois clubes num avião, num espaço público, ou em qualquer outra parte. Ninguém quer estar ligado a todo o drama.

Os clássicos arriscam-se a tornar-se um problema em vez de um emocionante jogo de futebol...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Lugares Europeus - a história das próximas duas jornadas

A Liga Portuguesa tem novo campeão há... bem... alguns meses. O vice também está atribuído há muito. Com a luta pela permanência praticamente decidida pelas derrotas de Portimonense e Naval, as decisões que sobram estão no acesso às competições europeias.
Sporting e Sporting de Braga estão garantidos, falta saber se o Braga consegue um bom 3º lugar e se o Sporting é empurrado para fora do pódio - apesar de uma época desastrosa, o Sporting evitará uma humilhação como o 6º lugar do Benfica em 2000/2001.
Para o 5º lugar, estão 4 equipas em competição próxima mas diria que a luta se vai cingir a duas: Nacional e Guimarães. O Paços e o Rio Ave são as grandes sensações da época - impressionante a recuperação dos vila-condenses na 2ª metade da época, passando da luta pela permanência ao quadro de candidatos à UEFA - mas têm um calendário aparentemente mais dificil. Numa altura em que é proibido perder, os comandados de Rui Vitória visitam o Dragão, é preciso dizer mais? O Rio Ave recebe o Benfica (o que hoje em dia não parece ser muito assustador, mas ainda assim...) e visita Olhão.
Por outro lado, Guimarães tem um treinador habituado a estas lides e recebe o Beira Mar para depois visitar a Naval (que nesse jogo já deverá estar despromovida). Melhor ainda se encontra o Nacional que recebe a Olhanense, visita o Beira Mar e, importa não esquecer, tem dois pontos de vantagem em relação aos outros 3.

Pessoalmente, porque não morro de amores pelo clube de Rui Alves, preferia que o Nacional ficasse de fora...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A minha visão do Barcelona

Com a entrada de Guardiola, nasceu um tipo de futebol nunca antes visto. Chamavam futebol espectáculo. Basicamente é um jogo apoiado no meínho, que espera por um deslize ou uma equipa que pouco defenda à zona. Para isso apoiava-se em Xavi e Iniesta para passar, em Messi e Dani Alves para partir e em Etoo para marcar. Fantástico. Eram eficazes. O ano passado trocaram Etoo por Ibra, não ficaram melhores, mas os atritos de Ibra com Guardiola permitiram a ascensão a um patamar muito bom de Pedrito. Este ano poucas alterações e uma contratação acertada: Villa.
Este parágrafo resume de forma muito redutora o mérito do futebol catalão. Mas tento explicar: o mérito maior é terem conseguido juntar um conjunto inteligente. A busca dos espaços, o controlo dos tempos do jogo são provas de inteligência. O talento técnico  e físico apenas complementa isso.
Não sei como explicar isto, porque na sua essência é bonito, por vezes lindo, e sempre sempre eficaz. Mas já chateia, assemelha-se a alguém que aprendeu um truque de um jogo de computador e ganha sempre com ele.

A questão das arbitragens aparentemente irrelevante, dados os méritos deste futebol, não acho que o seja. Pois em situações de aperto aparece e protege uma hegemonia. Este futebol no seu 1º ano poderia ter perdido perante o Chelsea de Hiddink. No 2º ano e com uma arbitragem globalmente favorável, perdeu perante o Inter de Mourinho, mas ainda hoje não se cala sobre a arbitragem do Benquerença (que até os favoreceu nos primeiros minutos de jogo). No 3º ano não sabemos o que poderia ter acontecido, caso o árbitro não decidisse desequilibrar. O triste espectáculo de simulações de lesões dos jogadores do Barça, faz-me pensar que o futebol português não está tão longe do top.

Desde os tempos do dream team que sou fã do Barça, a ida de Figo para lá apenas aumentou a minha admiração por essa equipa sempre preocupada em jogar bom futebol, futebol espectáculo. Mas corria o ano de 2009 estava eu em Barcelona quando o Barça deu 6 em Bernabéu. Vi o jogo e gostei. Saí à rua e o que vejo? Tudo a gritar pela Catalunha.

Este regionalismo, esta ajuda cirúrgica que aparece nos momentos de maior aperto, o queixarem-se durante mais de um ano de algo que realmente não aconteceu (arbitragem do Benquerença a prejudicar o Barcelona) e outras coisas fizeram com que me desligasse desta equipa. A arbitragem de ontem e a triste figura dos jogadores do Barcelona a simularem lesões ou a darem cotoveladas dissimuladamente só fizeram com que me desiludisse ainda mais com esta equipa que muitos dizem ser espectacular, mas que não o é.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Opinião isolada do Mundo

Nem o Real é assim tão defensivo. Nem o Barça é assim tão ofensivo.
Venha o jogo

domingo, 17 de abril de 2011

Ironia é...

...os dirigentes do Sporting a assumirem que querem ter uma gestão à Porto e a contratarem o Paulo Sérgio em detrimento do Villas-Boas.
Observação banal, mas que não sairá da cabeça dos sportinguistas que visualizem a partida de hoje.

Adenda aos 49': o segundo golo do Porto como que acrescenta ainda mais peso à ironia tendo em conta quem o construíu.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O estranho caso de Óscar Cardozo

O Diário de Notícias fala hoje de que Óscar Cardozo vai deixar o Benfica no fim desta época, o que me deixou a reflectir...

Quando Óscar Cardozo foi contratado pelo Benfica em 2007, um amigo meu que acompanha o campeonato argentino, tão de perto quanto pode, manifestou alguma surpresa. Na verdade, não percebia como o clube da Luz tinha conseguido adquirir aquele que considerava um óptimo jogador. E bastou ver alguns jogos treino e depois os seus primeiros oficiais de águia ao peito para perceber que o Tacuara é realmente um jogador diferente...
Muito desengonçado e frágil a movimentar-se, o paraguaio revelava uma surpreendente desenvoltura com o pé esquerdo, sobretudo na hora de remate em que a sensação que dava é que, de frente ou descaído para a direita, poderia marcar de qualquer lado a partir de meio do meio-campo ofensivo para a frente. De cabeça a coisa não parecia tão famosa debalde o preconceito de que os jogadores altos são fortes no jogo aéreo - ainda assim, recordo-me do excelente golpe de testa no jogo com o Shakhtar em Donetsk para a Liga dos Campeões. Independentemente de alguns altos e baixos, a verdade é que cumpriu a meta de Luis Filipe Vieira que afirmara que o jogador seria barato se marcasse 20 golos por época (marcou 22).
Na segunda época de encarnado, Quique Flores decidiu que não era este o avançado ideal para o seu sistema táctico, que aparentemente se tinha que impor, independentemente das características dos jogadores, e Cardozo jogou menos, ainda assim acabando a época a marcar golos uns a seguir aos outros.
Foi nesta altura que comecei a cristalizar a minha opinião sobre este jogador. Cardozo é desesperante para quem quer no avançado mais adiantado um pivot para tabelar com os colegas - falha passes tão simples que só podem ser erros de concentração. Raramente consegue usar um lançamento longo para a sua cabeça libertando a bola para alguém da sua equipa - na maior parte dos casos em que o solicitam pelo ar de costas para a baliza, acaba estatelado por alguém lhe respirar em cima. Acho que consigo contar pelos dedos das mãos as vezes que assisti a este gigante a driblar um jogador ou vencer um adversário em corrida. Até na finalização, não é comum vê-lo a buscar a bola à frente do marcado em antecipação. Cada vez menos consegue soltar-se para aplicar o seu impressionante pé esquerdo de fora da área. Até nos penalties, onde chegou a ser indefensável, quebrou psicologicamente e agora diria que cada vez que avança para a marca dos 9 metros é como uma moeda ao ar. O problema é que tudo isto esbarra com os quase 100 golos oficiais que já leva pelo Benfica. Na verdade, nos últimos anos, a equipa vê-se e deseja-se para marcar sem Cardozo em campo... Mais, alguns destes golos são de antologia - embora a maioria não.
Como a muitos outros benfiquistas, é-me difícil não manter uma relação de amor-ódio com esta ave rara do futebol. Eu próprio um adepto atípico, sei o que gostava que acontecesse mas desconheço se isso seria o melhor para os resultados desportivos do Benfica. Por mim, aceitava uma proposta igual ou superior ao que foi pago pelo avançado. E nem é devido à forma menos fulgurante desta época. A forma de jogar de Tacuara irrita-me. Fico totalmente fora do sério com funcionar como um terceiro central adversário ou um fantasma na maioria do jogo. Mas depois lá está, os 2 minutos ou 2 segundos do desafio em que se concentra e empenha podem ser suficientes para um golo. Ou dois...

Eu digo: que faça bom proveito ao clube russo, ucraniano ou turco que se prepara para o levar. Se lhe derem a titularidade, tenho a certeza de que marcará golos. Ainda assim, ficarei aqui, talvez ingenuamente, na esperança de um Benfica com um futebol mais ligado, ágil e desconcertante.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Campeonato do Apagão

Ponto prévio: Na minha opinião, o FC Porto é o melhor clube de futebol profissional em Portugal. Tem os melhores quadros, dos senhores que tratam da relva à direcção de marketing passando pela direcção desportiva que não consegue parar de ganhar e, admita-se, quando toda a gente tentava declaradamente influenciar os resultados, eram também os mais eficazes.

Em Portugal o futebol é frequentemente definido pela negativa, e nesse particular o Porto também é o líder incontestado. Não conheço nenhuma cidade, nem mesmo Guimarães, onde seja tão prejudicial à saúde uma pessoa demonstrar afecto a um clube que não o principal da terra. Não conheço dirigentes que façam mais recurso a linguagem hostil em relação aos adversários e são também os campeões de modalidades como o "tiro ao autocarro com calhau" e o "tiro ao jogador com bola de golfe".

Hoje voltam a superar-se. Antero Henrique, que até trabalhou em comunicação e por isso deve tomar esta posição com plena consciência das suas implicações, definiu hoje o campeonato desta época como o do apagão - sendo que voltou a referir-se ao do ano anterior como o do túnel. Primeira ilação a tirar: segundo A.H., ganhe ou perca, o Benfica define sempre o tema da competição. Segunda conclusão: a definição de uma época desportiva é feita por um dos seus piores momentos em vez de pelos melhores.

Caro Antero Henrique: a sua equipa tem sido a melhor para lá de qualquer dúvida, não valia mais a pena chamar a esta Liga "o campeonato do Porto"? Ou o "campeonato do Hulk e do Falcão"? Ou "o campeonato de "André Villas-Boas"? Ou "o campeonato do dragão invencível"? Pelos vistos, todas estas coisas tomam lugar de bastidores em relação a um momento mesquinho do SL Benfica.

Se o futebol em Portugal está a perder adeptos e sempre com incidentes negativos é por causa de momentos infelizes como este. Antero Henrique, o líder da melhor equipa de futebol em Portugal (que certamente muito contribuiu para montar e organizar), foi hoje o pior porta-voz do futebol.

domingo, 10 de abril de 2011

um bom treinador por Alvalade

Fácil vitória em Alvalade.
Fácil porque a Académica não incomodou. Fácil porque cedo se acertou na baliza. Mas sobretudo fácil porque o Sporting tem belíssimos jogadores.
Justamente depois do 2-0 o Sporting mostrou-se algo tranquilo, com um meio-campo veloz e com boa capacidade de resposta, mas não pude deixar de observar que ao fim de 3, 4 trocas de bola um certo nervosismo emerge que faz com que se opte pelo passe longo, o mais das vezes infrutífero, e por vezes sem ser como resposta a um pressing adversário. Fez-me até questionar se não se tratava de bizarra opção estratégica.
Este jogo suscitou-me acima de tudo as saudades que tenho de ver um bom treinador - a todos os níveis - por Alvalade. Já lá vão bastantes anos.
Uma nota apenas para os elogios a Patrício e Djaló espalhados pela blogosfera. Se as decisões no clube fossem tomadas por democracia directa, há muito que não estaríamos a bloggar acerca do Sporting.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Conclusões Macro

A Liga Europa está para Portugal, assim como a Champions está para a Espanha. Actualmente nos 4 grandes ibéricos encontram-se 4 dos melhores treinadores europeus. Porto e Benfica seriam equipas competitivas numa futura Liga Ibérica. Uma Liga Ibérica traria vantagens competitivas às equipas dos 2 países. Estas são conclusões macro de ontem.

Focando-me nos jogos em si, presenciei o jogo da Luz e resumindo: foi muito muito bom de assistir.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A imprensa paga e os bloggers

A história do chinês e do Futre põe mais a descoberto, para mim, a fraca imprensa que nós temos do que propriamente a "estupidez" de Futre. Não sei se é tudo uma questão de expectativas. Julgo que não, porque embora saiba que o Futre não tem o dom da palavra, também sei que esta nossa imprensa é bem fraquinha.

Passo a fundamentar esta crítica, perante um vídeo que se tornou viral e que serviu para ridicularizar, na blogosfera, redes sociais e afins, Paulo Futre. A imprensa não conseguiu ter uma visão diferente, sabendo apenas ir ao sabor do vento que é soprado pelos bloggers e afins (e avançar com uma notícia de 1 de Abril). E quando falo em bloggers e afins falo de pessoas que ganham zero por escrever.
O que julgo que um jornalista pago deveria fazer? Podendo continuar a gozar com a "forma" da apresentação do Futre, poderiam analisar o seu "conteúdo". E como? Analisar o impacto económico de Yao Ming (basquetebol) na equipa dos Houston Rockets . Analisar o impacto económico dos melhores jogadores chineses de futebol na Europa. Acho que seria um exercício interessante.

A verdade é que analisando a imprensa actual e a blogosfera ficamos com dúvidas em perceber a mais valia dos remunerados. Bloggers como PB (lateral esquerdo), Filipe Vieira de Sá (jogo directo), JNF (eterno benfica), Constantino (a-mao-de-vata, com um estilo próprio),  PLF (bancada nova), LdA (a norte de alvalade) representam hoje o que de melhor há de escrita desportiva em Portugal.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Os ex-diferentes

Foco-me no Benfica para escrever este artigo, mas também poderia fazer uma incursão pelo Sporting. Estes clubes gostam de se assumir como diferentes. O Benfica, clube do povo, pioneiro da democracia em Portugal e com uma história repleta não só de títulos, mas de dirigentes com escrúpulos, diplomacia e atitudes louváveis. Os adeptos por sua vez orgulham-se de ser o clube português com maior número de adeptos e muitos também fora do país, graças aos nossos emigrantes. Sabem que isto se deve ao Benfica ter raízes no povo. E não por raras vezes dizem "somos do povo, mas fazemos isto". Enaltecendo qualidades de conduta que para os mais preconceituosos só estariam ao nível da Nobreza. Ultimamente e na defesa de causas nobres e actuais, o Benfica tem "lutado" pela verdade desportiva.
No entanto, a defesa da verdade desportiva é só lembrada quando se perde, quando se ganha até ex-dirigentes do Porto são apoiados para a Presidência da Liga. Mas não é só, desde há uns tempos o Benfica vai-não vai compra polémicas com a imprensa, inspirando-se no Porto. Desde que tem João Gabriel na comunicação, emite comunicados com um palavreado corriqueiro, inspirando-se no Porto. Os adeptos cedem à tentação e atiram ora pedras.. ora bolas de golfe... inspirando-se no Porto.
Ainda me orgulha ver que na imprensa se dá destaque quando os dirigentes do Benfica têm atitudes mesquinhas, dizendo que estes se afastam dos pergaminhos ou da "glória do emblema". É bom sentir que isso não é dito perante a mesquinhez de outros. É importante apercebermo-nos, nem que seja através disso, que o Benfica tem uma história a defender. E esse património moral é tão importante quanto o seu palmarés.
Não me orgulho deste Benfica conflituoso e "pequeno", acredito que seria possível defender o Benfica com elevação. Do Porto não quero a pequenez. Quero a sede de vitória, apenas e só. E que esta não tenha como combustível, revoltas e ódios.
Sejamos grandes.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Porto Campeão e as duas faces da bancada

O Porto foi mesmo campeão na Luz, garantindo aos benfiquistas o título de "cabeçudos" do ano.
Villas-Boas afirmou-o, eu concordo, o FC Porto é a melhor equipa. Foi mais forte toda a época, pese embora um período de 1 a 2 meses em que o futebol dos encarnados era realmente o mais empolgante em Portugal. Foi mais forte também ontem e provou que a afirmação do treinador azul e branco é mais do que "falar de barriga cheia".

Daqui por duas semanas teremos novo clássico com os mesmo protagonistas e pergunto-me quem merecerá na altura o destaque. É que para além das duas equipas e dos árbitros (ontem Duarte Gomes & Companhia estiveram absurdos) temos que contar cada vez com a concorrência das claques, que querem fazer "espectáculo", muito dele fora do estádio.
Honestamente, o Estádio do Dragão já devia ter sido interdito pelo menos uma vez esta época. É inaceitável o comportamento dos adeptos a cada vez que o Benfica se desloca ao Porto... E a verdade é que as autoridades desportivas puderam ver ontem o que está a acontecer com a sua falta de acção. Dá-se multas de uns ridículos (para os clubes) milhares de euros por se agredir jogadores em campo com bolas de golfe e afins e depois surpreendem-se que se vá instalando a ideia de que é uma acção dentro do razoável e que os casos se vão somando... Agora, o conceito já está franchisado também com o Benfica. Ele são adeptos a mandarem objectos ao autocarro do Porto em plena auto-estrada, ele são agressões a adeptos e suas viaturas pelo crime de virem até Lisboa com as cores do seu clube, ele são agressões a agentes da polícia, etc...
Fico ainda com mais pena quando me lembro que os trogloditas que cometem estes excessos fazem também parte da única verdadeira animação nos estádios de futebol em Portugal. Ou seja, se é comum que os autores destes desacatos estejam ligados a claques, e que as claques carreguem uma série de mensagens negativas (mesmo durante o apoio à sua equipa no campo), também o é que são estas mesmas claques que mais levam cor e som a todos os fins de semana futebolísticos. As duas faces desta moeda levam a interrogar-me se conseguiremos ter uma sem a outra e se será possível o português médio envolver-se emocionalmente com o fenómeno futebol sem abraçar sentimentos negativos de ódio contra os rivais...

Voltando ao futebol jogado, espero ver esta grande equipa do Porto na final da Liga Europa, de preferência acompanhada por um Benfica de volta à forma de Fevereiro ou então do surpreendente Braga.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Notícia do dia: Hao Junmin NÃO será jogador do Sporting

Hoje é dia 1 de Abril.
Hoje é dia 1 de Abril e as capas de A Bola e Record anunciam a contratação de Hao Junmin pelo Sporting, citando-o como "o melhor jogador chinês da actualidade".

Ainda bem que tens sentido de humor Futre... é que parece que o enxovalho ainda não acabou.

A minha única dúvida é: terão os dois rivais jornalísticos combinado ou será apenas mais um caso de duplicação? (Ainda recordo as 3 capas com título Tri Maria quando o argentino agora do Real Madrid marcou 3 ao Leixões).

Numa nota lateral, lembro que há quase 20 anos que não se marcam 6 golos num jogo entre Benfica e Porto (3-3 nas Antas em 1993) e peço encarecidamente aos jogadores de ambas as equipas que nos matem as "saudades".

domingo, 27 de março de 2011

Pontos sobre as eleições do Sporting

- Os votos na continuidade revelam acima de tudo um traço da população portuguesa: empreendedorismo nulo. Votar num projecto novo numas eleições envolve algum empreendedorismo, semelhante àquele que precisamos ter para no meio da merda querermos sair dela. No entanto, este é um povo fatalista. E estando no meio da merda, prefere alguém que é mau, mas que já conhece e sabe que é mau do que "investir" em alguém que pode ou não ser mau. A aventura pelo desconhecido foi algo que desde os Descobrimentos pouco se viu neste país.
- Algo que também se transpõe para todo o país é a reflexão que deveria haver sobre lideranças minoritárias. Não deveria um líder resultar de uma maioria? Esta questão de legitimidade que se resolveria com 2ªs voltas deveria ser pensada não apenas pelo Sporting...
- O Dias Ferreira pela 2ª vez ajudou a que o Roquettismo continuasse...
- Votos em candidaturas menores como Abrantes Mendes podem ajudar a perpetuar dinastias. Estarão hoje arrependidos esses votantes?

sábado, 26 de março de 2011

o Sporting no Portugal Chile

Rui Patrício, João Pereira, Carlos Martins, João Moutinho, Varela, Postiga. Entre os jogadores que ainda se encontram no Sporting e os que de lá foram corridos, representam no jogo de hoje mais de metade dos titulares da Selecção. E ainda se tem a lata de dizer que o Sporting tem tido nos útimos 5 anos equipas bem mais fracas que os adversários.
Que o próximo Presidente (Bruno de Carvalho?) seja mais clarividente que os anteriores..

PS Não incluo o Nani, obviamente, pois esse foi muito bem vendido.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Nuvens boas para o futebol

Mundial no Qatar tem destas coisas

Obrigado Paulo Futre - venham eleições no Benfica

Paulo Futre é uma personagem engraçada.
Do seu look "a la sevilhana" ao seu português cantado de emigrante em Espanha, passando pelo quanto vive cheio de si próprio na melhor encarnação do espírito marialva português...

Ontem, este que foi um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos, decidiu dar um abanão nas eleições do sporting, que estão cheias de cromos mas com poucos momentos memoráveis. Aliás, Futre integra a candidatura da qual se esperava mais carnaval (ou não fosse o candidato a presidente o Talibã do Sporting) mas que tem vindo a desiludir, tanto na vertente intenção de voto como na vertente entretenimento.
Mas Paulo é grande em tudo e Dias Ferreira decidiu que estava na altura de "soltar o animal". Acho que ninguém ficou desiludido. Os charters e charters semanais com chineses loucos para ver o melhor jogador chinês da actualidade (seja lá ele quem for), imunes ao facto agora público de que seria apenas por golpe publicitário, já têm direito a t-shirt .
O rol de jogadores internacionais que fazem o perfil do Sporting e cujo interesse em vir para Alvalade e cabimento dos vencimentos na estrutura salarial do Sporting não parece estar em causa...
Mas, sobretudo, aquele jeito muito especial de tratar Dias Ferreira como "o grande homem" e estalar os dedos ao repórter que tratava ao mesmo tempo de "sócio".

Com Paulo Futre, com os vários treinadores disponíveis para serem contratados por candidaturas, com milhões russos, com planteis reformulados de fora para dentro, com tiradas em que "sportinguistas" é substituído por "benfiquistas", as eleições do Sporting já deram muito a um país que de resto só tem tido cabeça para crise.
Podia ter sido ainda melhor? Podia. Mas acho que o Sporting já fez a sua parte e lanço desde já o repto a Luis Filipe Vieira que se demita imediatamente e anuncie a indisponibilidade para se recandidatar. Com o Benfica a votos, os fundos prometidos passavam a 1.000 milhões e com o passivo liquidado 24 horas após a tomada de posse, os jogadores prometidos seriam apenas candidatos à bola de ouro e o jogador extra por motivos publicitários viria certamente de Marte porque este planeta é pequeno demais para o clube da Luz. Durante um mês não haveria mais nada na agenda pública e os poderes políticos poderiam decidir calmamente como espremer do país o pagamento dos seus erros, e sem ninguém dar por nada.

terça-feira, 22 de março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

Resposta do dia

Uma das diferenças entre o Benfica e o Porto, é que ao Benfica marcam penalti por tocar com a mão na bola fora da área e ao Porto não marcam penalti por tocar com a mão na bola dentro da área.
As eleições do Sporting têm suscitado um fenómeno que me deixa no mínimo surpreendido.
Com a aparição em cena de Van Basten no passado Sábado, já são pelo menos 3 grandes nomes do futebol mundial que se deixam usar como trunfos eleitorais de uma corrida que ainda parece demasiado em aberto.
Rijkaard, Zico e Van Basten, todos já deram entrevistas como se estivessem prestes a começar os treinos amanhã. Destes, no mínimo dois vão ficar a sentir-se um pouco parvos assim que sejam conhecidos os votos dos sportinguistas. Ou pelo menos deviam, digo eu.
Como é que é possível que o ex-treinador do magnífico Barcelona de Ronaldinho apareça de mão estendida ao lado de um dos possíveis grandes derrotados destas eleições? E o antigo seleccionador nacional holandês e treinador do Ajax? Zico tem uma carreira menos impressionante nos bancos mas não deixa de ser um vulto da modalidade a nível mundial...
Na minha incredulidade, a única coisa que posso fazer é dar os parabéns ao Sporting por, apesar de estar a atravessar uma das fases mais difíceis da sua história, conseguir ainda ser um "poleiro" suficientemente apetecível para muita gente importante meter o pescoço de fora.
Pelo meio de toda a novela, até o todo poderoso Florentino Perez se disponibilizou para um pequeno "guest appearance".

Somando isto aos milhões de várias fontes alternativas que parecem disponíveis para entrar no clube, pergunto-me se haverá ouro ou petróleo em Alvalade ou Alcochete.

sábado, 19 de março de 2011

Nuno Gomes em Alvalade

Há cerca de dois anos atrás defendi isto, mas agora torna-se ainda mais lógico: e por que é que o Sporting não vai buscar o Nuno Gomes?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Apocalipse náu

No início tentei informar-me o mais possível. Vi debates em retrospectiva, li muito do que se dizia nos blogues. Entre seis candidatos de certeza de que um seria forte e esclarecido.
Mas este pesadelo de identidade de que o Sporting sofre não é exclusivo de Bettencourismo ou de Roquetismo e não tem fim à vista. É como se de repente os sportinguistas tivessem acordado de um sonho de loiros duques e cândidas princesas num reino em que todos eram educados e bonitos, sofredores mas dignos, enfim, diferentes dos outros, até porque detinham a dentição quase toda, mesmo que à custa da conta no dentista.
Mas a realidade é outra. Os duques e as princesas que habitavam o Estádio de Alvalade afinal de contas são taberneiros de próteses dentárias apodrecidas e meretrizes de foscos olhos de vidro, que bradam aos céus porcarias de saliva e som. É um choque, mesmo para mim, mas é a realidade.

Os 6 candidatos à Presidência do sporting parecem-me ser todos inaptos a restaurar um percurso com alguma glória, e os que me lêem aqui seguramente que acreditam que, com eles, é mais provável o distanciamento dessa mesma glória do que o oposto. Apenas uma estúpida esperança desafia isto.

Mas esperemos que o vencedor, a meio da sua presidência, subitamente se torne num cidadão esclarecido além de bem-intencionado, com uma estrutura ética decente, que compreenda como que por milagre o fundo da questão e de como a resolver, sem ser com banhos de dinheiro ou revivalismos superficiais. Ou então que em 2013 surja um melhor candidato e, sobretudo, melhores votantes, para que não se precise de vir com falácias e pseudo-trunfos para se ser ouvido.

Einstein disse uma vez que não fazia ideia de como seria a 3ª Guerra Mundial, mas que a 4ª se disputaria com pedras e paus. Um semelhante fim poderá vir a ter o Sporting. Resta-nos esperar que 2013 seja um back to the basics e que a conversa de merda seja furiosamente rejeitada pelos sportinguistas.

Pergunta do dia

Depois do feito histórico, temerá Leonardo Jardim o desemprego?

quinta-feira, 17 de março de 2011

Eleições do Sporting

Carlos Barbosa apelida de "verdadeiro mentiroso" a Pedro Baltazar, após este ter dito que Carlos Barbosa seria remunerado no ACP e no Sporting, caso venha a ser eleito. Carlos Barbosa acrescenta "Perdi o respeito por ele porque na campanha dele já vale tudo. Dizer uma coisa que é completamente falsa não tem pés nem cabeça".

A resposta da candidatura de Pedro Baltazar considera as palavras de Carlos Barbosa como"desadequadas" de um candidato a vice-presidente do Sporting , concluindo "É um estilo muito pouco sportinguista".

Não sei, mas isto começa a atingir níveis épicos de futilidade. Denunciam algo com a maior ligeireza, o lesado defende-se considerando mentira e a resposta é deste género. Ficando eu na dúvida, talvez devido a não ser adepto deste clube, o que seria uma resposta com um estilo sportinguista para este caso.

Nestas eleições já vi directores desportivos a prometerem chuteiras de determinadas cores, candidaturas a recrutarem ex-jogadores em pacotes, ora para a academia, ora para olheiros, ora calceteiros. Já vi Dias Ferreira afirmar "Não sei, mas não estou muito preocupado. É um orçamento que será feito por mim. Hei-de saber arranjar um esquema para saber montar... e se não souber, saberão outras pessoas por mim. Há esquemas de engenharia financeira para montar uma equipa competitiva." e Bruno Carvalho a prometer mais dinheiro, se tal for necessário.

Concluo, estas eleições são uma oportunidade falhada, quiçá como as legislativas.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Pergunta do dia

Porque é que num dia Godinho Lopes diz que o treinador será italiano, holandês ou espanhol e 3 dias depois dizem que o treinador será o Scolari?

terça-feira, 15 de março de 2011

Pergunta do dia

Porque é que Bruno de Carvalho fala em 50 milhões e tem de mostrar a proveniência e Godinho Lopes fala em 100 milhões e é aceite?

quarta-feira, 9 de março de 2011

Arbitragens

Atribuir todas as derrotas do Benfica para o campeonato ao desempenho dos árbitros é, no mínimo, faccioso. Lembro-me da primeira jornada ter havido um penalti por marcar e o Benfica acabar por perder no último minuto. Contudo más decisões há em todos os jogos, umas prejudicam, outras beneficiam. A esse nível, o caso que me recordo melhor será o golo de Saviola em Coimbra, num jogo que por acaso, ficaram por marcar 1 ou 2 penaltis contra o Benfica.
Lamento a apatia inicial do Benfica, os deslizes do Roberto, a aposta de David Luiz a lateral esquerdo no Dragão, tal como lamento uma ou outra má decisão das arbitragens. No entanto, esta minha diplomacia não pode deixar passar em claro duas roubalheiras filhas da puta. As duas no Minho. E se uma teve o dom de tirar o Benfica da luta pelo bicampeonato, ainda as folhas das árvores não tinham começado a cair. A deste domingo teve o dom de fazer esquecer de vez qualquer tipo de aspiração na Liga.
Uma roubalheira filha da puta é aquela arbitragem que tem mais que uma dezena de más decisões, sempre a prejudicar um lado e em que no mínimo metade têm influência no resultado. Assim, considero que pôr-me aqui a falar da expulsão do Javi seria redutor demais para descrever o que se passou domingo.

domingo, 6 de março de 2011

o Debate - algumas observações

Grande parte do debate de ontem foi perfeitamente inócua, e se muitos dizem que os candidatos se portaram como gentlemen, como só no Sporting aconteceria, parece-me a mim que a razão de tal dormência se deveu mais à ausência de ideias concretas, por um lado, e, por outro, porque os candidatos estão todos mais ou menos em sintonia em relação aos assuntos que classifico como popularuchos.
Ou seja, é claro que todos querem um pavilhão, é claro que todos convergem no apoio que se deve dar às modalidades amadoras (excepção para Baltazar que inacreditavelmente pensa que o futsal não faz parte do historial vencedor do Sporting), é claro que todos acreditam numa presidência forte que seja capaz de recolocar o Sporting nos píncaros, é claro que todos querem "acabar com a corja", mesmo aqueles que faziam parte da sua constituição num passado não longíquo, e é claro que todos insistem num revivalismo qualquer, seja esse feito de Monizes, Oceanos, Manuel Josés ou Carlos Freitas.
Uma vez que pelos vistos ninguém ali percebe muito de como dirigir um clube, parecer-me-ia normal que o debate tombasse mais para as avaliações de carácter ou de competência, ao invés das de conteúdos. Confesso que nesse aspecto fiquei bastante desiludido, uma vez que só Boal e Carvalho confrontaram Lopes (Dias Ferreira ainda se vai arrepender disso), e como conteúdos não houve muitos, o debate foi aborrecidíssimo.

Breves notas individuais:

Pedro Baltasar: gosta de Paulo Bento, garantindo que o seu futebol foi mal-compreendido. É incapaz de debater ideias, não sei se por conice se por inferioridade intelectual (assumo a primeira). Revelou ignorância em relação a Zico, aquele que diz ser o seu treinador (escolhido pelos vistos por factores emocionais). Pensa que o percurso dos clubes portugueses tem revelado que os treinadores estrangeiros trazem mais sucesso (!?). Não percebe muito de futebol mas a custo põe-se a falar em 433, 442, etc. Santana Lopes faz todo o sentido ali metido.

Godinho Lopes: Será assumidamente um presidente que quer meter a colher no sistema em que o Sporting tem de jogar, insistindo na ideia de que a equipa principal do Sporting tem de jogar como as camadas da formação jogam (mas alguém imagina este Lopes a dizer a, por exemplo, Mourinho que sistema táctico deve ele adoptar?). Optou por exibir conhecimento real da situação financeira do Sporting, mas não se chegou a compreender como teve ele acesso a certas coisas vedadas aos outros.

Zeferino Boal: atentando às camadas de tártaro que lhe cobrem a dentição inferior, não é um candidato que se leve a sério, mas esteve bem em confrontar GL. Ridículo depois em acusar Dias Ferreira de ter vendido o Rijkaard nos anos oitenta, o que retirou peso à sua acusação anterior. Refere que a escolha de treinador para o Sporting num momento delicado como este pode ter como critério um arrependimento longínquo, dizendo que faria sentido contratar Manuel José porque este "merece". Enfim.

Bruno Carvalho: quer definitivamente meter a unha nas decisões todas do futebol. Um Presidente que manda bitaites acerca de esquemas tácticos é ridículo. Ninguém imagina isso nos países civilizados. Já sabe quais os jogadores que serão recrutados, assegurando que são grandes valias, o que me assusta. Tem ideias claras, sabe expô-las, mas acho-as perigosas. Talvez depois de uns anitos de dirigismo em cima, quando perceber que a ideia de se querer sentar no banco de suplentes é reaccionária e nada útil, além de ter travo a importação do norte, Carvalho seja uma boa opção como Presidente.

Dias Ferreira: foi claro ao afirmar que não lhe compete a ele tomar decisões a nível de compra de jogadores ou a nível de disposição táctica, afastando-se assim, surpreendente para mim, das opiniões de roulote assumidas pelos outros candidatos. Rijkaard é um bónus, mas a que preço? Quando o acusam de ser um candidato sem ideias, fazem-me pensar nas más ideias que os outros têm. De certo modo foi o candidato que mais bom senso trouxe, o que é uma bizarria por princípio. Como se tivesse estabelecido uma linha muito clara entre comentismo e dirigismo. Mas, sem agressividade, ser-lhe-á muito difícil vencer GL.

Abrantes Mendes: é um senhor muito bem intencionado, um óptimo candidato se as eleições tivessem lugar em 1954, mas se há alguém carente de ideias é este senhor.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Resolução da polémica dos estatutos

Experimentem suspender apenas o FC Porto. E vão ver que a posição do Lourenço Pinto (da Costa) muda.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ainda sobre ontem e sobre critérios

Bom, antes de mais, depois de em conversa hoje com um sportinguista eu expressar-lhe o conteúdo do artigo anterior e ele pensar que eu estava a troçar. Eu explico-vos que não. Não sou treinador, nem nunca o serei. Mas acho que uma equipa como o Sporting, como tem andado a jogar, vinda de uma chicotada psicológica, o novo treinador deveria puxar pelo brio, orgulho e falar no historial desse clube e não jogar à caguinchas. Esse mesmo sportinguista com quem falei, utilizou as expressões "roubo", "taco-a-taco" e "azar".
Escalpelizando as expressões uma a uma
Roubo: Posso ter palas nos olhos mas não vi, o penalti que mesmo bloggers que eu tenho consideração como o julgam ser inexistente é semelhante a um marcado há 2 anos na Luz por falta de Katsouranis a Lisandro. Há um abraço/empurrão de Polga a Javi, é indesmentível.
E se não entendo a estratégia de Couceiro pré-jogo, entendo-a no pós jogo. O discurso de Couceiro a atirar-se à arbitragem, isenta os jogadores, sedentos de palavras simpáticas, e até possibilita começar o tão afamado "contra tudo e contra todos" que une qualquer balneário. Já agora explico-vos que caso o Benfica marcasse um golo como o 1º do Sporting, o mínimo que a realização faria era pôr uma linha a ver se estava fora-de-jogo. Ora vejam momentos antes de Matias bater o livre.
Taco-a-taco: expressão utilizada para jogos em que não haja disparidade de 10 ocasiões contra 4.

Azar: A ausência de sorte (poder marcar no lance de Djaló) não é azar, é apenas falta de sorte.

Lamentável

Como benfiquista acho lamentável o nosso rival vizinho jogue pior na Luz do que o que eu vi, por exemplo, o Paços jogar. Uma equipa com o historial do Sporting não pode, pelo menos, contra o Benfica assumir-se tão mais fraca e apostar na perda de tempo. Admito que provavelmente os penaltis fossem a forma do Sporting ter mais hipóteses de ganhar o jogo, mas mesmo tendo um plantel mais fraco, o Sporting tem de ser digno. Hoje não o foi.

Lamentável é também ler blogues sportinguistas a enaltecerem esta exibição. É que se o Sporting jogava menos que isto, não estaria em 3º lugar, de certeza.

quarta-feira, 2 de março de 2011

David Luiz, o magnifico burro

No seu primeiro jogo pelo Chelsea David Luiz, após uma exibição bem conseguida, comete um penalty totalmente desnecessário no final da partida, que só não lhe valeu um amargo de boca porque o atacante conseguiu falhar a conversao. No dia seguinte, os jornais clamavam por Luiz, não hesitando em dizer que 22 milhoes de libras por este magnifico defesa, só comparavel com Franck Lebouef, era uma pechincha.
Ontem David Luiz ficou a milhas de Wayne Rooney no golo do Man U (mérito também para a soberba movimentação deste) e cometeu duas faltas indiscutivelmente merecedoras do segundo cartão amarelo (para não dizer vermelho directo), novamente desnecessarias. E marcou um belíssimo golo.
Os jornalistas, ingleses e portugueses, não destoam na apreciacao do brasileiro: magnifico!

terça-feira, 1 de março de 2011

Uma boa semana de futebol

Dei por mim tão distraído com eleições do Sporting e clássico na Taça da Liga que mal reparava que temos uma boa semana de futebol e para todos os gostos.
Ontem Milan jogou com Nápoles o primeiro lugar da Serie A - os líderes venceram 3-0 alargando a vantagem pontual. Hoje há Chelsea x Manchester United, um momento-chave em Inglaterra que deverá ser do canto de cisne ou do grito do Ipiranga para os blues.
Amanhã os leões vão jogar pela única competição que ainda podem ganhar esta época contra um Benfica que está confiante mas talvez cansado e talvez fanfarrão. Um apostador sensato poria o dinheiro no Benfica mas, para os mais ousados, as casas de apostas online estão a pagar bem pelo contrário - qualquer coisa como 5,5 por cada euro apostado.
Há liga alemã e espanhola (com cartaz assim-assim) na quinta-feira e na sexta estamos novamente em fim-de-semana desportivo.
Haja Sportv.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Benfica Sporting - o Derbi do tudo.corre.bem contra o tudo.corre.mal

O Futebol é um caso de estudo para quem debate a existência ou não de energias negativas e positivas no mundo. Sejam elas de natureza biológica, física, emocional, mística ou religiosa, alguma há-de explicar fenómenos como os deste fim-de-semana.
O Sporting somou o sétimo jogo sem ganhar, e conseguiu-o em grande estilo, falhando oportunidades suficientes para a vitória, incluindo uma grande penalidade. Por agora acho que há uma hipótese universalmente sustentada de que se um jogador verde e branco chutar ao ângulo, fora do alcance do guarda-redes, que a baliza muda de lugar por sua livre e espontânea vontade.
Por outro lado, o Benfica deu consigo num jogo difícil, sofreu um golo e foi empatar mesmo em cima do fim dos descontos, já depois de lhe ter sido anulado um outro tento. Para cúmulo, o remate da vitória veio do pé direito de Fábio Coentrão, o qual talvez nunca tivesse marcado na vida.
Aguardo com grande antecipação o jogo desta quarta-feira para descobrir se por estes dias o Benfica não consegue realmente não ganhar e se o Sporting não se consegue encontrar com a vitória, mesmo que esta fosse água e o clube de Alvalade caísse de um barco.

Portanto, levem o jogadores do Sporting para uma sessão de meditação, comprem-lhes livros de auto-ajuda, encham o hotel de estágio com as melhores prostitutas que o dinheiro poder comprar, chamem o padre e o feiticeiro, tudo o que puderem para lhes levantar a moral para a Taça da Liga.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

a única revolução que interessa no Sporting

Maradona descreve aqui o Sporting como o clube da aristrocacia e da finança que saltita de crise em crise de há 30 anos para cá. Se a dinâmica referida é inquestionável, já essa noção de ser um clube de elite é-me abjecta e, creio, totalmente falsa, apesar de nos ter sido impingida pelos dourados projectos de Roquette.
A ideia é falsa, primeiramente, porque Portugal não tem aristrocacia nem coisa que se lhe pareça. E, segundo, porque não nos vem à cabeça as palavras "sangue azul" ao pensarmos em malta como João António dos Santos Rocha ou José de Sousa Cintra, que carregaram a presidência do clube de 1973 a 1995, ano em que a dinastia da chulice se iniciou.
De resto, desde que me lembro de mim mesmo que vou ao estádio de Alvalade (excepto nos últimos 3 anos, por razões pessoais). Sentava-me ao lado do lugar cativo do meu pai na bancada central, caso algum vizinho faltasse. Tinhamos almofadas para o cu e comíamos queijadas de Sintra, mas não me recordo de gastarmos dinheiro em cachecóis. A dada altura lembro-me do meu pai ter feito um upgrade do lugar e começámos a partilhar uma espécie de camarote dos pobres onde o conforto talvez fosse maior, embora com cadeiras de pau e as casas de banho continuassem a tresandassem a pila. Tinha de levar com os gritos e cuspo de tipos como o João Braga a insultar os árbitros ou com outros mais geriátricos a ganir tácticas senis que supostamente nos levariam à vitória - como em qualquer outra bancada.
Mas havia um sentimento geral que era pertencermos todos a um clube incrível, digno, diferente - verde, caralho -, que atingia os seus resultados não graças a jogadas de bastidores como no Porto, nem graças ao dinheiro que sempre houve no Benfica, um clube que apesar de mais pequeno que os outros se batia de igual para igual, embora perdesse nos momentos cruciais, mas não fazia mal: era uma sina que nos caracterizava, tal como a saudade caracteriza todo o povo português. A certeza de que iríamos um dia vencer mantinha-se sempre inabalável, e a explosão que houve naquele golo do André Cruz era há muito antecipada.

Hoje em dia nada disto existe, creio, a sangria de adeptos e sócios não tem fim à vista mas o pior de tudo são as promessas de glória imediata professadas pelos candidatos, injecções de capital, treinadores, jogadores, etc.

O Sporting perdeu ao mesmo tempo a sua humildade desportiva e a crença de ser um clube digno. Perdeu em todos os campos. E a julgar pela campanha eleitoral que se avizinha, mais valia assumir a falência, perder tudo o resto - mantendo a dignidade - e começar de novo.
É a única revolução que interessa.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Curtas europeias

- O Porto após um 1º jogo com 3 golos ilegais, perdeu o 2º. Contudo dizem (eu não vi) que a exibição foi excelente.
- O Benfica após uma 1ª parte do 1º jogo ser má, teve uma 2ª parte melhor e um 2º jogo excelente, com uma 2ª parte fantástica. Que esta eliminatória possa resumir o Benfica desta época.
-O Sporting. Não é não querer escrever, mas recuso-me a bater no ceguinho.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Gaitan

ONTEM estava muito contente com a exibição do Gaitán. Não tanto quanto a imprensa desportiva mas estava. E não sou o maior fã do argentino. Acho-o mole, inconstante, mais preocupado com nota artística do que com eficácia e sem explosão física. Ainda assim sempre lhe reconheci criatividade, técnica de contacto próximo com a bola, um bom pé esquerdo, e os sete golos que leva marcados são dignos de registo.

HOJE lembrei-me que custou 8,4M€

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Vi um resumo do Gameiro

e pensei nestes nomes:
Gameiro
Pires
Martins (Corentin)
e nestes:
Manuel da Costa
Bischoff
Martins (Afonso)

Não sei se é azar, se é falta de visão ou se é porque o refugo é mesmo aquilo que mais ninguém quer.

Ulisses Morais para a Arábia

Detesto o Ulisses Morais.
Deveria talvez começar este texto a explicar que é uma continuação do post do Bobe de ontem. Mas detesto o Ulisses Morais primeiro.
Hoje fala-se que o homem poderá ser o próximo treinador da Académica e pergunto-me primeiro o que fiz eu de mal para o ter novamente à frente de uma equipa portuguesa da I Liga e depois o que fez este senhor para continuar a merecer este tipo de emprego.
Tudo bem... subiu o Estoril... E o que fez no instante seguinte a recolher ao balneário no dia em que cometeu essa proeza? Disse a um repórter televisivo que a festa ficava por ali porque já estava na hora de pensar na época seguinte. (!?!?!?!?!)
Foi este tipo de parvoíces que me foram fazendo detestar o Ulisses Morais. Mas depois também há esse "pormaior" de que o Marítimo, para a realidade nacional, tem um orçamento de futebol bastante decente e de que a Académica é do clubes que melhore remunera as equipas técnicas e ambos ainda devem estar a pensar em como se foram lembrar de Ulisses Morais.
Safa-te Académica. A ver se o Ulisses vai para a Arábia.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Académica, já sabes..

Adjunto de adjunto não dá para principal.

Barcelona Bilbao...

... ou quando a espectacularidade se torna monótona.

Há uns meses Berbatov, depois de ganhar pela enésima vez consecutiva o troféu para melhor jogador búlgaro, pediu para não voltarem a votar nele. A verdade é esta: até quando os melhores ganham sempre se torna chato.
Mas não será justo gratificar quem na realidade é melhor? Mesmo que por anos a fio? Bem, não sei. Só sei que tanto me vejo a reconhecer a genialidade táctica, técnica, individual e colectiva do Barcelona, como espero por vê-la a ser vencida para quebrar toda esta monotonia.

Quanto ao jogo, nota-se que perante uma equipa compacta, sem utopias de querer ocupar o campo todo, o Barcelona tem dificuldades. No entanto também tem Xavi para poder fazer passes longos a desmarcar quem fica solto por outros jogadores estarem com 3 adversários em cima.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

AC Milan 0-1 Tottenham - uma observação

Tem-se ouvido falar, nos círculos apropriados, na verticalidade que se quer no futebol moderno, não faltando gente para enumerar as múltiplas vantagens da mesma, por oposição a um futebol baseado na previsibilidade do ir à linha de fundo para cruzar, dependente do um-para-um e da força física, com taxas de sucesso discutíveis. A mais que lógica estratégia vertical e centralizada, ornamentada de um nível de circulação de bola intenso, como o futsal nos ensinou, parece tão irrefutável que transforma 95% dos treinadores de futebol actuais em idiotas chapados por não a utilizarem.
Há os que justificam esse menosprezo da evidência de uma estratégica destinada ao sucesso (a nível de espectáculo e de, crê-se, vitórias) com a necessidade de requerer artistas, como os do Barcelona ou da selecção espanhola, intelectuais e bons de bola, que tenham unhas para a guitarra, e, pois, não podendo ser posta em prática por gente mais estronça.

Posto isto, testemunho que foi com surpreendente interesse que assisti ao AC Milan - Tottenham. Surpreendente pois não tenho acompanhado o futebol do Milan, desconhecendo também o trabalho do seu actual treinador, Massimiliano Allegri, vencedor do prémio treinador do ano da Serie A por duas vezes consecutivas ao serviço do Cagliari (eu disto e doutras coisas não sabia). Surprendente também porque conheço o futebol do Tottenham o suficiente para saber que é ordinário (além de inglês) e portanto dali não viria nada de bom.

Mas o Milan trouxe precisamente esse cheiro a Arsenal pelos pés de Gattuso, Flamini, Robinho, Pato e Ibrahimovic, numa insistência do apoio vertical e do jogo pelo corredor central do princípio ao fim do jogo, só contrariada pelas arrancadas de Abate pela lateral direita, impossíveis de acontecer tivesse o Milan prioritizado essa via. A disciplina táctica de Gattuso e Flamini, o talento de Robinho (visivelmente melhor aproveitado no meio do que encostado a uma ala), jogador com apreciável precisão de passe e raros laivos criativos, e claro Pato e Ibrahimovic, dois dos avançados mais inteligentes do planeta, que compreendem a importância de jogar de costas e possuem um notável sentido colectivo, privilegiando a continuidade da posse de bola mas capazes de audazes soluções a um ritmo elevadíssimo, permitiram ao Milan apresentar um futebol deveras excitante. Paradoxalmente a essa excitação intelectual, não criou grande perigo na baliza do Tottenham, excepto em seguimento de cantos.

Quanto ao Tottenham, mostrou como uma equipa que passou os noventa minutos a forçar as laterais, como quem pica gelo, através de sobretudo Lennon na direita, mas também de Pienaar pela esquerda (este com uma exibição interessante, não o sabia tão bom jogador), forçando centros de todo o lado, na esperança de que o gigantone de serviço criasse, sem aparente método, embaraço à defesa italiana, consegue ganhar o jogo em San Siro… num contra-ataque fruto da intercepção de um passe vertical no centro do terreno quando os italianos decidiram subir a equipa. Irónico.



Mil 0-1 Tot
Enviado por mrgoalsarena. - Mais vídeos de esportes profissionais e amadores.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O Benfica e o espectáculo

Li há tempos que o Barcelona para ganhar necessita jogar bem, enquanto para o Real esse requisito não é aplicável. Depois de ver ontem o Benfica da 1ª e da 2ª parte concluí que estamos mais próximos da realidade catalã. Não me desagrada, mesmo sabendo do handicap que isso representa para competir com o futebol clube do Porto, clube que não joga bem há meses, mas só sabe ganhar.

Outro ponto relativamente a este tema, e que me agrada bastante, foi ver ontem o público a assobiar Roberto próximo do final do jogo a queimar tempo. Os benfiquistas vão ao estádio e querem ver espectáculo. Na iminência de não revalidar o título, este é mais que um conforto que nos resta. E isso mesmo, viu-se, também, contra o Guimarães, numa altura em que 11 pontos separam o Benfica do topo, 55 mil pessoas rumaram à Luz para ver um bom espectáculo... e viram um excelente.

Fico contente com esta mentalidade. Revejo-me nela. Eu que no início do ano não conseguia ver um jogo completo do Benfica e que cheguei a ver um Benfica a vencer sem qualquer entusiasmo ou "nota artistíca", prometi que faria as pazes quando notasse no mínimo querer, crer e entusiasmo. Com tudo isso e com os jogadores que o Benfica tem (e treinador) a consequência é o almejado espectáculo.

Já agora, outro aspecto bem importante no jogo do Benfica é a humildade... quando ela existe o Benfica arrisca-se a ganhar. Quando não há, nem mesmo um Torreense não levaria de vencida esta equipa. Deste jogo contra o Estugarda e desta primeira parte, fica o aviso para Alvalade.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Futre candidato

Este post é só para deixar claro que Paulo Futre é uma coisa, Roberto Futre, outra. Não temos nada a ver com o primeiro.

Taliban do sporting

Hoje é um dia feliz.
Quem pode querer saber da chuva e do vento ou da crise quando o Dias Ferreira se vai candidatar a presidente do Sporting? O auto-proclamado Taliban do Sporting é tudo menos um tédio e promete animar estas eleições que pareciam cair de interesse depois da desistência do Sr. "50 Milhões e a candidatura é para levar até ao fim". Aguardamos por boas peixeiradas televisivas à altura de eleições no Benfica ou pela transformação súbita de Dias Ferreira em "estadista", numa jogada à altura do ar circunspecto e grisalho de Pedro Santana Lopes quando o governo lhe caiu no colo.

O Sporting pode estar à beira do precipício mas aqui está um homem que sabe dar um passo em frente.

Carrega Taliban!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A mania das grandezas Vs Ambição

"É um treinador que se lhe derem condições põe as equipas a jogar futebol"

"O xxxxxxxx tem o perfil do treinador que defendo como o único capaz de resolver grande parte dos problemas do clube"

"perfil exigido para recolocar o Sporting no topo (e não é no topo Paulo Bento, é no topo Cinco Violinos)"


De vez em quando visito um blog sportinguista muito popular, com dezenas de comentários/post com a intenção única de estudar o estado de espírito da populaça sportinguista do momento. O discurso assemelha-se às alarvidades que se ouvem nas bancadas de Alvalade: incoerências, sobretudo, que vagueiam ao sabor dos resultados; um alvo apetecível para qualquer candidato populista.
São a malta que assobiava o Barbosa durante 89 minutos e no outro aplaudiam-no de pé. A malta que viu no JEB um grande presidente. São os que acreditam que o Costinha não vai dar espinhas ou que o Paulo Sérgio é bom treinador e que depois mudam de opinião quando o evidente acontece. Agridem verbalmente os que deles discordam, chamam-nos de "lampiões" e outras obscenidades. Pôem em causa o seu sportinguismo. E depois atrevem-se até a dizer que, por exemplo, o Manuel José é o único capaz de dar a volta à coisa. Baseados em quê? A resposta vem a seguir, se estiverem interessados:

"Foi o treinador que deu 7-1 aos lampiões."

Os sportinguistas encontram-se neste momento totalmente perdidos. E isso é o que mais me assusta em relação ao futuro do clube. Querem-se grandezas d'outrora resolvidas do dia para a noite. Crê-se que o problema é simples, resolvido com base numa ou outra contratação. O desespero é tanto que passam a acreditar que um treinador como o Manuel José é capaz de dar a volta à coisa. Apresente esta ideia aos sportinguistas e verá como a maioria concorda. É isso e 50 milhões.