terça-feira, 24 de maio de 2011

dos estádios em Portugal

Acabei de ver a estatística de médias de espectadores na I Liga (oficial, enviada a um dos patrocinadores) e entre vários dados expectáveis (alguns deprimentes) encontrei também um par de dados interessantes:
- Beira-Mar surgir em sétimo clube com melhor média de público, antes do Vitória de Setúbal
- Braga consolida-se à frente do Vitória de Guimarães, no lote hiper-restrito das audiências acima dos 10.000
- Do quinto lugar do ranking (Guimarães) para o 6º (Académica) a queda é assombrosa. Vai dos quase 14.000 espectadores para os 4.500!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

É este o tipo de jogador que se quer

Um dia após Sálvio ter falado que o Benfica tinha feito uma excelente época. Aimar afirma que o Benfica teve um ano mau e jogou mal, ao contrário do Porto. São jogadores como o Aimar que são precisos, não só por darem tudo em campo, mas também por saberem as exigências do clube e serem inteligentes ao ponto de saber ver futebol sem palas. Até porque para se ter visão de jogo, as palas atrapalham.

Obrigado Aimar por emprestares suor, talento e inteligência a este Benfica.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A suposta "agressão" ao Aimar e os jornais

Curioso ver que um jornal faz uma capa sobre uma agressão e a meio da manhã lança para destaque anotícia que a mulher de um jogador corrobora essa notícia e ver que não escrevem nenhuma notícia (nem com, nem sem destaque) sobre o próprio Aimar desmentir tudo isso. É dada mais credibilidade a namorada de Salvio que a um dos protagonistas da história. Não sei se é por ela ter mamas e ele não.

O facto de a história verdadeira passar por uma reacção mais brusca de Aimar a "bocas" de adeptos é natural. Aimar é um jogador que sempre deu tudo, que nunca amochou... Portanto, não iria ser agora.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Porto no Pote 1

Más notícias para Raul Meireles, soberbas notícias para o seu ex-clube. O Liverpool ter ficado ontem matematicamente afastado da Champions colocou o FC Porto no Pote 1 da liga milionária! Pote 1!
Compreendo que o fim desta época vai ser uma oportunidade de o clube azul e branco e de alguns dos seus jogadores se encherem de euros devido a transferências para campeonatos mais ricos. Ainda assim, Vilas-Boas, Falcão, Hulk, Fernando, Rolando e companhia talvez queiram esperar mais um ano. Porto no Pote 1 abre boas possibilidades não só de apuramento na fase de grupos, ao evitar várias das melhores equipas, como de eventualmente conseguir um primeiro lugar que abriria boas perspectivas para os oitavos, deixando os quartos já à vista. A partir daí, o sonho de mais uma final europeia não paga imposto nem está sujeito a restrições do FMI...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Jesus III - A época tira teimas

Para muito pouca surpresa geral, Luis Filipe Vieira afirmou ontem no seu discurso de estado que para a próxima época vai ficar tudo na mesma mas vai correr tudo de forma diferente.
A um nível de curiosidade cientifica, adorava saber se o Presidente do Benfica acredita mesmo no que diz ou se se limita a acreditar em que os outros acreditem por ele.
Seja como for, Jesus, o messias em descrédito, vai ter direito a mais uma época para provar se os vitupérios de pastilha na boca e as chico-espertices tácticas são mesmo a melhor forma de conduzir uma equipa de futebol profissional candidata ao título.
Para o bem ou mal futuro do Benfica, fico contente de não ter que estar a levar com uma novela sobre o treinador durante um mês de pré-época. Fico assim liberto para dar toda a minha atenção às maravilhosas negociatas sul-americanas e espanholas de Vieira, e tentar adivinhar numa folha A4 como se organiza um plantel com 40 jogadores, dos quais 10 são pontas-de-lança.
Mantendo Jesus, Rui Costa e Vieira, gostava pelo menos de uma pequena revolução no plantel. Mantenham-se os guarda-redes, que dois deles são divertidos e um é da casa. Nas laterais, obrigado Luis Filipe e César Peixoto e boa viagem. Wass supostamente será o companheiro para Maxi e aguardamos substituto para Fábio - que bom se ficasse...
No centro da defesa, era óptimo alguém para complementar Luisão. No meio campo, temos dois 6 iguais, por isso não há que inventar, mantenham-se. Daqui para a frente, era reconsiderar tudo. Para começar um 8 com a intensidade de Amorim, mas de preferência melhor - vem aí Matic mas parece que é mais para escovar as costas de Javi e Airton no duche. Cardozo, Aimar e Saviola podiam juntar-se a Salvio na porta de saída (este infelizmente). Gaitan, na minha opinião, devia jogar mais pela meia esquerda, talvez com Bruno Simão e Carlos Martins na peugada. Bruno César, bom... vamos ver. Mora, Fernandez, Rodrigo e semelhantes, não sei se vão ficar ou se já cumpriram o seu propósito, seja ele qual for. No ataque, gostava de ser surpreendido. Talvez passar a jogar com extremos (depois de tanta conversa, queria mesmo que viesse o Nolito para ver afinal o que vale), talvez ter Nélson Oliveira no plantel com reais hipóteses de calçar. Seja como for, com Cardozo e Saviola a ir embora, precisamos de uma contratação.
Venha daí a pré-época!

sábado, 7 de maio de 2011

Is it just me...

...ou é completamente descabido qualquer tipo de pressão para a chicotada de Jorge Jesus? Então o homem põe o clube onde está a jogar à bola como nunca visto nos últimos 15 anos, vence um campeonato no primeiro ano (e não um campeonato da treta à la Trapatoni), exponencia jogadores como Di Maria, Ramires e David Luiz, rendendo dezenas de milhões de euros para o clube, põe outros aparentemente debilitados como Aimar a jogar belíssimamente, e de maneira geral proporciona bons espectáculos (para os morcões que os vêem), e considera-se a chicotada só porque perdeu o campeonato para um super-Porto (o melhor de sempre?) e saiu da Liga Europa nas meias-finais?? wtf??

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A definição de espectáculo

A evidência: o Barcelona é a melhor equipa de futebol do mundo, e provavelmente a melhor de sempre. Mas há algo em mim, e suponho que em alguns de vocês também, que me leva a torcer por quem defronta esta equipa (informação adicional: o meu fervor Sportinguista foi mais intenso nos anos 80/90).
Mas ao contrário da maior parte dos adeptos de futebol, pelo que observo, tenho uma tendência a afastar-me das noções de "futebol espectáculo", bocejando cada vez mais com golos de calcanhar ou de bicicleta, preocupando-me sim com os processos ofensivos e defensivos de uma equipa, com particular interesse nas adaptações que um conjunto tem de fazer quando joga contra outro potencialmente mais forte (ou mais forte em determinadas áreas).
Está muito na moda dizer que uma equipa para ter identidade deve jogar de acordo com os mesmos princípios, sempre, ou quase sempre, como o Barcelona faz. Pergunto-me o que seria do xadrez se a mesma regra se aplicasse e o jogador tivesse a tendência de abrir o jogo sempre da mesma maneira...
Comparação descabida, talvez, mas o futebol interessa-me cada vez mais pelos seus processos intelectuais em detrimento dos técnicos, mesmo que os primeiros não sobrevivam sem os outros.
Nesse sentido, nos últimos tempos dois jogos em particular fascinaram-me, no verdadeiro sentido da palavra, elegendo-os como provavelmente os melhores jogos de futebol a que já assisti na vida: o Barcelona-Inter das meias finais do ano passado e o Portugal-Espanha do campeonato do mundo na África do Sul. Os níveis de concentração, a vontade de seguir em frente, a quase ausência de erros individuais, a ocupação dos espaços, a unidade das equipas, como se fossem dois gigantes debruçados do topo do estádio a mexer as peças do tabuleiro e não vinte e dois cérebros (ou vinte-e-um, no caso do jogo da Liga dos campeões) numa azáfama infernal.
Dito isto, não consigo compreender as críticas a Mourinho, quando o acusam de perverter o espectáculo em função dos resultados. O futebol é como o póker: quando se joga a feijões, não tem interesse nenhum.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A minha visão do Real

Uma equipa que não sabe comportar-se perante o sucesso do rival, contudo provavelmente nenhuma equipa no mundo saberá muito bem. Assim, é acusada de ser uma equipa sem identidade, mas provavelmente ao longo da história, a identidade desta equipa foi agregar os melhores do mundo. É o que continua a fazer actualmente. O ano passado com o regresso de Florentino houve um investimento nunca antes visto para poder apagar vergonhas como o 2 - 6 em casa. Tinha aparecido a melhor equipa da história e para ganhar a esta era necessário ser melhor que a melhor de sempre. Naturalmente não foram. Contrataram um treinador com bom trabalho no Villareal, mas seria isso suficiente? Não, claro que não. Tinha de ser uma estrela entre estrelas ou então... um Del Bosque. Mas Del Bosque só há um, está na selecção e se quiser ser considerado sempre a melhor solução, um Dom Sebastião... nunca mais será treinador do Real.
Assim, este ano foram buscar uma estrela... Mourinho. E sobre a entrada de Mourinho no Real convido-vos a ler este artigo com quase um ano e que mostra-se muito actual.
É um clube que tenta ser da realeza, movendo-se com uma diplomacia que nem sempre é verdadeira. Assim têm na sua estrutura Valdano. Um tipo que na sua carreira pós-jogador pouco fez, mas que é "um senhor"... sempre diplomático, sempre politicamente correcto. Goste-se ou não do estilo, há que lhe dar mérito por assim conseguir perdurar na estrutura de um dos maiores clubes do mundo.

Indo ao jogo de ontem / agregado dos 4 jogos e à postura do Real nesses jogos, considero que após o 5-0, Mourinho apercebeu-se que o Barcelona é uma equipa que passeia em espaços criados pelo adversário. E espaços no futebol são criados por erros posicionais, de concentração ou quando uma equipa desmonta-se para atacar. Assim, jogou 2 jogos na expectativa... curiosamente os 2 de Madrid. Como as coisas não correram mal, muitos não o perdoam. E mesmo que tivesse corrido bem, não seria fácil para o público de Madrid gostar disto. Recordo-me de Capello ser despedido campeão por não dar espectáculo, de Del Piero ter feito ruir o Real e ter sido aplaudido.... até o próprio Ronaldinho. O Real é assim. E Mourinho tinha de o saber.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O estranho ambiente entre Porto e Benfica

Tomei conhecimento que as marcas que investem em futebol em Portugal estão quase todas receosas de executar acções relativas a uma possível final Porto Benfica na Liga Europa. O potencial de vendas e aquisição de clientes não parecem justificar o factor risco que hoje em dia é associado a juntar adeptos dos dois clubes num avião, num espaço público, ou em qualquer outra parte. Ninguém quer estar ligado a todo o drama.

Os clássicos arriscam-se a tornar-se um problema em vez de um emocionante jogo de futebol...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Lugares Europeus - a história das próximas duas jornadas

A Liga Portuguesa tem novo campeão há... bem... alguns meses. O vice também está atribuído há muito. Com a luta pela permanência praticamente decidida pelas derrotas de Portimonense e Naval, as decisões que sobram estão no acesso às competições europeias.
Sporting e Sporting de Braga estão garantidos, falta saber se o Braga consegue um bom 3º lugar e se o Sporting é empurrado para fora do pódio - apesar de uma época desastrosa, o Sporting evitará uma humilhação como o 6º lugar do Benfica em 2000/2001.
Para o 5º lugar, estão 4 equipas em competição próxima mas diria que a luta se vai cingir a duas: Nacional e Guimarães. O Paços e o Rio Ave são as grandes sensações da época - impressionante a recuperação dos vila-condenses na 2ª metade da época, passando da luta pela permanência ao quadro de candidatos à UEFA - mas têm um calendário aparentemente mais dificil. Numa altura em que é proibido perder, os comandados de Rui Vitória visitam o Dragão, é preciso dizer mais? O Rio Ave recebe o Benfica (o que hoje em dia não parece ser muito assustador, mas ainda assim...) e visita Olhão.
Por outro lado, Guimarães tem um treinador habituado a estas lides e recebe o Beira Mar para depois visitar a Naval (que nesse jogo já deverá estar despromovida). Melhor ainda se encontra o Nacional que recebe a Olhanense, visita o Beira Mar e, importa não esquecer, tem dois pontos de vantagem em relação aos outros 3.

Pessoalmente, porque não morro de amores pelo clube de Rui Alves, preferia que o Nacional ficasse de fora...