Cansado de potencialmente contribuir para a nuvem de mal-estar que paira no Sporting há já alguns bons anos, a malta aqui do Roberto Futre deixou de escrever no blog. O futebol nacional, só com o Benfica e o Porto, tornou-se algo chato.
Estamos pois hoje perante uma situação incompreensível há, digamos, 4 anos atrás. Mas para quem tem acompanhado o percurso do Sporting desde 2009 a única surpresa é só nesta época estar a correr o risco de descer de divisão.
Dificilmente uma empresa se manteria de pé tanto tempo com tamanha delapidação de património e valor desportivo; se exceptuarmos o sistema bancário pré-Lehman Brothers, é tecnicamente impossível cometer tanta gestão danosa numa entidade e ela manter-se de pé. Ao longo da sua história, o Sporting já teve muitos treinadores fracos e alguns francamente maus. Mas isso nunca explicou uma equipa tão devastada, tão sem rumo, tão depleta de confiança e motivação, quanto a actual. O estado actual do Sporting não pode ser justificado apenas por azar e incompetência nas escolhas dos treinadores, pela metodologia de treino, etc. Por mais malfadadas que tenham sido essas opções, é improvável ter-se tido tanto azar nessa sucessão catastrófica de escolhas.
Haverá um defeito estrutural que insiste em não desaparecer e que deve ter uma influência tremenda no comportamento da equipa. Não presumo poder avaliá-lo, mas concerteza que tem de haver uma certa tristeza de balneário quando sucessivamente se maltratam, ou no mínimo menospreza, por exemplo, os capitães de equipa - Moutinho, Carriço, Elias -, se alieneam jogadores sportinguistas - Patrício, Veloso, Postiga - e, ao mesmo tempo que não conseguem pagar ordenados de acordo com valor, mérito e dedicação, se cometem negócios desastrosamente danosos uns atrás dos outros - aqui a lista seria infindável - contribuindo certamente para um sentimento de injustiça. Ninguém trabalha bem assim.
Na sua casmurrice saloia, talvez o Paulo Bento tenha sido o último responsável leonino a proteger a Instituição e sobretudo os seus jogadores. Essa protecção não pode vir dos adeptos, que como já se viu tantas vezes, são tendencialmente imbecis e não percebem nada de futebol. A ausência de quem protegesse o Bento, associada à sua, já o disse, casmurrice, ditou o princípio do fim. Mas na verdade a coisa estaria toda atada por um fio.
Não se vislumbra nos possíveis sucessores a Godinho Lopes a qualidade de unificação que o Sporting, hoje mais que nunca, requer Talvez a única solução seja mesmo começar de novo.
Estamos pois hoje perante uma situação incompreensível há, digamos, 4 anos atrás. Mas para quem tem acompanhado o percurso do Sporting desde 2009 a única surpresa é só nesta época estar a correr o risco de descer de divisão.
Dificilmente uma empresa se manteria de pé tanto tempo com tamanha delapidação de património e valor desportivo; se exceptuarmos o sistema bancário pré-Lehman Brothers, é tecnicamente impossível cometer tanta gestão danosa numa entidade e ela manter-se de pé. Ao longo da sua história, o Sporting já teve muitos treinadores fracos e alguns francamente maus. Mas isso nunca explicou uma equipa tão devastada, tão sem rumo, tão depleta de confiança e motivação, quanto a actual. O estado actual do Sporting não pode ser justificado apenas por azar e incompetência nas escolhas dos treinadores, pela metodologia de treino, etc. Por mais malfadadas que tenham sido essas opções, é improvável ter-se tido tanto azar nessa sucessão catastrófica de escolhas.
Haverá um defeito estrutural que insiste em não desaparecer e que deve ter uma influência tremenda no comportamento da equipa. Não presumo poder avaliá-lo, mas concerteza que tem de haver uma certa tristeza de balneário quando sucessivamente se maltratam, ou no mínimo menospreza, por exemplo, os capitães de equipa - Moutinho, Carriço, Elias -, se alieneam jogadores sportinguistas - Patrício, Veloso, Postiga - e, ao mesmo tempo que não conseguem pagar ordenados de acordo com valor, mérito e dedicação, se cometem negócios desastrosamente danosos uns atrás dos outros - aqui a lista seria infindável - contribuindo certamente para um sentimento de injustiça. Ninguém trabalha bem assim.
Na sua casmurrice saloia, talvez o Paulo Bento tenha sido o último responsável leonino a proteger a Instituição e sobretudo os seus jogadores. Essa protecção não pode vir dos adeptos, que como já se viu tantas vezes, são tendencialmente imbecis e não percebem nada de futebol. A ausência de quem protegesse o Bento, associada à sua, já o disse, casmurrice, ditou o princípio do fim. Mas na verdade a coisa estaria toda atada por um fio.
Não se vislumbra nos possíveis sucessores a Godinho Lopes a qualidade de unificação que o Sporting, hoje mais que nunca, requer Talvez a única solução seja mesmo começar de novo.
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