quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O valor das conquistas nas camadas jovens

A geração de ouro criou uma aura em torno das selecções jovens portuguesas, não só pelas conquistas ao nível da formação como pelos jogadores que sairam desta fornada. Dois mundiais seguidos deram-nos também Vitor Baia, Jorge Costa, Fernando Couto, Abel Xavier, Paulo Sousa, Rui Costa, Figo, João Vieira Pinto, entre outros. Falamos da base da Selecção A durante quase uma decada.
Em 95 voltámos aos lugares de honra, também num Mundial, quando ficámos em terceiro no Qatar. Em campo brilhavam poucos jogadores de que se tenha ouvido falar durante a sua carreira de senior. Os mais conhecidos são Quim, Nuno Gomes e Dani. De resto, Mário Silva e Bruno Caires talvez tenham sido os que atingiram um patamar mais elevado mas sem oferecer nada à selecção A.
Se os campeões de 91 eram já a base da selecção no europeu de 96 (5 anos de amadurecimento), a geração Qatar em 2000 foi representada muito bem por Nuno Gomes, enquanto Quim limitou-se a aproveitar a boleia dos colegas. Daí para a frente não apareceram mais jogadores desta leva.
Falando de outras competições, os últimos a ter sucesso foram os campeões europeus de sub-17 de 2003. Entre estes, Miguel Veloso, João Moutinho, Manuel Fernandes e Paulo Machado são hoje internacionais A. Uma excelente geração de centro-campistas que incluia Márcio Sousa, um talento natural que infelizmente nunca chegou ao nível esperado e hoje veste as cores do Tondela. Mas existem ainda outros como Saleiro que poderão vir a ter internacionalizações.

Este exercicio surge no dia em que a já apelidada "Geração da Coragem", disputa a meias-finais do mundial de sub-20 frente à França. Os vários especialistas que ouvi antes do arranque da competição, um deles importante responsável técnico na federação, foram unânimes em apelidar o talento ali presente de mediocre e "fraquinho". O que vi até agora não me leva propriamente a discordar... Ainda assim, esperemos que dali venham surpresas das boas para o futuro da nossa selecção que, pelo excedente de estrangeiros nas nossas ligas, não se avizinha brilhante.

3 comentários:

Anónimo disse...

o beto que, salvo erro, também jogava em 95, também atingiu alguma notoriedade e jogou na selecção aa

DC disse...

Dos vencedores em sub-17 falta falar do Vieirinha, de longe o mais talentoso dessa selecção e que hoje em dia é provavelmente o melhor jogador na Grécia. Não singrou no Porto porque o Jesualdo é idiota (ele e o Paulo Machado) e não vai á selecção porque o Paulo Bento não apanha canais gregos e assim convoca o fabuloso Eliseu.

Cisto disse...

Caro David,
Obrigado por teres visitado o nosso modesto blog.
Contudo, limitamos a nossa lista de blogues àqueles que nos interessa ler.
Cumprimentos

Cisto