Uma fracção de segundo foi o suficiente para eu pela primeira vez cogitar acerca da insuficiência de Domingos no que ao Sporting diz respeito. É o momento imediatamente a seguir ao segundo golo do Marítimo, em que o realizador nos permite ver a reacção do treinador ao mesmo: levanta-se do banco e numa urgência tristonha brada a alguém que traga os jogadores que estavam a aquecer.
Por que me marcou tão negativamente essa imagem de Domingos? Por ter tido a reacção do adepto bruto, ou seja, por me fazer crer que estava a tomar uma decisão emocional, um basta!, como se o erro de João Pereira (erro de amador, esse de fazer um passe de risco para o centro do terreno) pudesse ter alguma coisa a ver com uma mudança táctica ou com o desempenho dos jogadores substituídos. Afinal de contas, o 1-1 ou o 1-2 significam a mesma coisa para o Sporting: a necessidade de fazer um golo o quanto antes.
Acabou assim o Sporting de hoje, livre dos mal-amados Postiga e Djaló, a jogar com dois pontas-de-lança pesados, imóveis, pêrros, perdidos em campo. Os brutos agradecem. A conta bancária do Carlos Freitas muito provavelmente também.
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