terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O Sporting está com Sida

Em 2009 JEB disse que os sportinguistas iriam ter saudades de Paulo Bento mais cedo do que pensavam. Analisando as declaraçoes de Paulo Sérgio e de Costinha, um autentico vislumbre das trevas, arrisco-me a dizer, com profunda gosma na garganta, que ainda vamos ter saudades do Bettencourt.
Não quero com isto dizer que mais valia deixa-lo la estar, o pobre diabo, mas nunca pensei que o clube permaneceria neste lodo durante tanto tempo. As perspectivas não são nada boas. A infecção tornou-se cronica, multi-bacteriana e já não se vislumbram glóbulos brancos que consigam oferecer resistência.
O Sporting está com SIDA, é mesmo assim, e em estado avançado. Os médicos remanescentes neste hospital-fantasma sofrem de incompetência grave ou em alguns casos de loucura aguda. Zombies, cujas caras se desfazem, percorrem os corredores que caem aos pedaços. O estádio está de quarentena, ninguém la quer entrar. Os amigos e familiares metem as mãos nos bolsos, seguem as suas vidas como podem, rareiam as visitas. As terapias que a OMS vai timidamente sugerindo invalidam-se á partida, baseadas em medicinas empíricas e desesperadas: pouco significantes e dúbias injecçoes de capital (como quem tenta apagar o incêndio com copos de água), evocação de antigas glorias leoninas (como se o quadro patológico estivesse relacionado com a caracteristica de sportinguismo e não com a competência), ou ate mesmo quem advogue chamamentos de santos curandeiros.
Eu quase que tenho saudades dos tempos em que o precipicio estava a dois passos.

A cada sugestao de alternativas ou de candidatos, treme-me a alma. Pode-se ter assim tanto azar ao ponto de para alem de se ter um Bettencourt, um Costinha e um Paulo Sergio aos comandos, na hora de os render só surgirem idiotas e/ou vermes?
Cheira-me que se está a preparar um cenário tão negro, tão vazio de ideias, tão desesperado que é capaz de tornar propícia à continuação do projecto Roquette. Assim como quem não quer a coisa.

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