sexta-feira, 25 de março de 2011

Obrigado Paulo Futre - venham eleições no Benfica

Paulo Futre é uma personagem engraçada.
Do seu look "a la sevilhana" ao seu português cantado de emigrante em Espanha, passando pelo quanto vive cheio de si próprio na melhor encarnação do espírito marialva português...

Ontem, este que foi um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos, decidiu dar um abanão nas eleições do sporting, que estão cheias de cromos mas com poucos momentos memoráveis. Aliás, Futre integra a candidatura da qual se esperava mais carnaval (ou não fosse o candidato a presidente o Talibã do Sporting) mas que tem vindo a desiludir, tanto na vertente intenção de voto como na vertente entretenimento.
Mas Paulo é grande em tudo e Dias Ferreira decidiu que estava na altura de "soltar o animal". Acho que ninguém ficou desiludido. Os charters e charters semanais com chineses loucos para ver o melhor jogador chinês da actualidade (seja lá ele quem for), imunes ao facto agora público de que seria apenas por golpe publicitário, já têm direito a t-shirt .
O rol de jogadores internacionais que fazem o perfil do Sporting e cujo interesse em vir para Alvalade e cabimento dos vencimentos na estrutura salarial do Sporting não parece estar em causa...
Mas, sobretudo, aquele jeito muito especial de tratar Dias Ferreira como "o grande homem" e estalar os dedos ao repórter que tratava ao mesmo tempo de "sócio".

Com Paulo Futre, com os vários treinadores disponíveis para serem contratados por candidaturas, com milhões russos, com planteis reformulados de fora para dentro, com tiradas em que "sportinguistas" é substituído por "benfiquistas", as eleições do Sporting já deram muito a um país que de resto só tem tido cabeça para crise.
Podia ter sido ainda melhor? Podia. Mas acho que o Sporting já fez a sua parte e lanço desde já o repto a Luis Filipe Vieira que se demita imediatamente e anuncie a indisponibilidade para se recandidatar. Com o Benfica a votos, os fundos prometidos passavam a 1.000 milhões e com o passivo liquidado 24 horas após a tomada de posse, os jogadores prometidos seriam apenas candidatos à bola de ouro e o jogador extra por motivos publicitários viria certamente de Marte porque este planeta é pequeno demais para o clube da Luz. Durante um mês não haveria mais nada na agenda pública e os poderes políticos poderiam decidir calmamente como espremer do país o pagamento dos seus erros, e sem ninguém dar por nada.