segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Benfica Sporting - o Derbi do tudo.corre.bem contra o tudo.corre.mal

O Futebol é um caso de estudo para quem debate a existência ou não de energias negativas e positivas no mundo. Sejam elas de natureza biológica, física, emocional, mística ou religiosa, alguma há-de explicar fenómenos como os deste fim-de-semana.
O Sporting somou o sétimo jogo sem ganhar, e conseguiu-o em grande estilo, falhando oportunidades suficientes para a vitória, incluindo uma grande penalidade. Por agora acho que há uma hipótese universalmente sustentada de que se um jogador verde e branco chutar ao ângulo, fora do alcance do guarda-redes, que a baliza muda de lugar por sua livre e espontânea vontade.
Por outro lado, o Benfica deu consigo num jogo difícil, sofreu um golo e foi empatar mesmo em cima do fim dos descontos, já depois de lhe ter sido anulado um outro tento. Para cúmulo, o remate da vitória veio do pé direito de Fábio Coentrão, o qual talvez nunca tivesse marcado na vida.
Aguardo com grande antecipação o jogo desta quarta-feira para descobrir se por estes dias o Benfica não consegue realmente não ganhar e se o Sporting não se consegue encontrar com a vitória, mesmo que esta fosse água e o clube de Alvalade caísse de um barco.

Portanto, levem o jogadores do Sporting para uma sessão de meditação, comprem-lhes livros de auto-ajuda, encham o hotel de estágio com as melhores prostitutas que o dinheiro poder comprar, chamem o padre e o feiticeiro, tudo o que puderem para lhes levantar a moral para a Taça da Liga.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

a única revolução que interessa no Sporting

Maradona descreve aqui o Sporting como o clube da aristrocacia e da finança que saltita de crise em crise de há 30 anos para cá. Se a dinâmica referida é inquestionável, já essa noção de ser um clube de elite é-me abjecta e, creio, totalmente falsa, apesar de nos ter sido impingida pelos dourados projectos de Roquette.
A ideia é falsa, primeiramente, porque Portugal não tem aristrocacia nem coisa que se lhe pareça. E, segundo, porque não nos vem à cabeça as palavras "sangue azul" ao pensarmos em malta como João António dos Santos Rocha ou José de Sousa Cintra, que carregaram a presidência do clube de 1973 a 1995, ano em que a dinastia da chulice se iniciou.
De resto, desde que me lembro de mim mesmo que vou ao estádio de Alvalade (excepto nos últimos 3 anos, por razões pessoais). Sentava-me ao lado do lugar cativo do meu pai na bancada central, caso algum vizinho faltasse. Tinhamos almofadas para o cu e comíamos queijadas de Sintra, mas não me recordo de gastarmos dinheiro em cachecóis. A dada altura lembro-me do meu pai ter feito um upgrade do lugar e começámos a partilhar uma espécie de camarote dos pobres onde o conforto talvez fosse maior, embora com cadeiras de pau e as casas de banho continuassem a tresandassem a pila. Tinha de levar com os gritos e cuspo de tipos como o João Braga a insultar os árbitros ou com outros mais geriátricos a ganir tácticas senis que supostamente nos levariam à vitória - como em qualquer outra bancada.
Mas havia um sentimento geral que era pertencermos todos a um clube incrível, digno, diferente - verde, caralho -, que atingia os seus resultados não graças a jogadas de bastidores como no Porto, nem graças ao dinheiro que sempre houve no Benfica, um clube que apesar de mais pequeno que os outros se batia de igual para igual, embora perdesse nos momentos cruciais, mas não fazia mal: era uma sina que nos caracterizava, tal como a saudade caracteriza todo o povo português. A certeza de que iríamos um dia vencer mantinha-se sempre inabalável, e a explosão que houve naquele golo do André Cruz era há muito antecipada.

Hoje em dia nada disto existe, creio, a sangria de adeptos e sócios não tem fim à vista mas o pior de tudo são as promessas de glória imediata professadas pelos candidatos, injecções de capital, treinadores, jogadores, etc.

O Sporting perdeu ao mesmo tempo a sua humildade desportiva e a crença de ser um clube digno. Perdeu em todos os campos. E a julgar pela campanha eleitoral que se avizinha, mais valia assumir a falência, perder tudo o resto - mantendo a dignidade - e começar de novo.
É a única revolução que interessa.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Curtas europeias

- O Porto após um 1º jogo com 3 golos ilegais, perdeu o 2º. Contudo dizem (eu não vi) que a exibição foi excelente.
- O Benfica após uma 1ª parte do 1º jogo ser má, teve uma 2ª parte melhor e um 2º jogo excelente, com uma 2ª parte fantástica. Que esta eliminatória possa resumir o Benfica desta época.
-O Sporting. Não é não querer escrever, mas recuso-me a bater no ceguinho.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Gaitan

ONTEM estava muito contente com a exibição do Gaitán. Não tanto quanto a imprensa desportiva mas estava. E não sou o maior fã do argentino. Acho-o mole, inconstante, mais preocupado com nota artística do que com eficácia e sem explosão física. Ainda assim sempre lhe reconheci criatividade, técnica de contacto próximo com a bola, um bom pé esquerdo, e os sete golos que leva marcados são dignos de registo.

HOJE lembrei-me que custou 8,4M€

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Vi um resumo do Gameiro

e pensei nestes nomes:
Gameiro
Pires
Martins (Corentin)
e nestes:
Manuel da Costa
Bischoff
Martins (Afonso)

Não sei se é azar, se é falta de visão ou se é porque o refugo é mesmo aquilo que mais ninguém quer.

Ulisses Morais para a Arábia

Detesto o Ulisses Morais.
Deveria talvez começar este texto a explicar que é uma continuação do post do Bobe de ontem. Mas detesto o Ulisses Morais primeiro.
Hoje fala-se que o homem poderá ser o próximo treinador da Académica e pergunto-me primeiro o que fiz eu de mal para o ter novamente à frente de uma equipa portuguesa da I Liga e depois o que fez este senhor para continuar a merecer este tipo de emprego.
Tudo bem... subiu o Estoril... E o que fez no instante seguinte a recolher ao balneário no dia em que cometeu essa proeza? Disse a um repórter televisivo que a festa ficava por ali porque já estava na hora de pensar na época seguinte. (!?!?!?!?!)
Foi este tipo de parvoíces que me foram fazendo detestar o Ulisses Morais. Mas depois também há esse "pormaior" de que o Marítimo, para a realidade nacional, tem um orçamento de futebol bastante decente e de que a Académica é do clubes que melhore remunera as equipas técnicas e ambos ainda devem estar a pensar em como se foram lembrar de Ulisses Morais.
Safa-te Académica. A ver se o Ulisses vai para a Arábia.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Académica, já sabes..

Adjunto de adjunto não dá para principal.

Barcelona Bilbao...

... ou quando a espectacularidade se torna monótona.

Há uns meses Berbatov, depois de ganhar pela enésima vez consecutiva o troféu para melhor jogador búlgaro, pediu para não voltarem a votar nele. A verdade é esta: até quando os melhores ganham sempre se torna chato.
Mas não será justo gratificar quem na realidade é melhor? Mesmo que por anos a fio? Bem, não sei. Só sei que tanto me vejo a reconhecer a genialidade táctica, técnica, individual e colectiva do Barcelona, como espero por vê-la a ser vencida para quebrar toda esta monotonia.

Quanto ao jogo, nota-se que perante uma equipa compacta, sem utopias de querer ocupar o campo todo, o Barcelona tem dificuldades. No entanto também tem Xavi para poder fazer passes longos a desmarcar quem fica solto por outros jogadores estarem com 3 adversários em cima.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

AC Milan 0-1 Tottenham - uma observação

Tem-se ouvido falar, nos círculos apropriados, na verticalidade que se quer no futebol moderno, não faltando gente para enumerar as múltiplas vantagens da mesma, por oposição a um futebol baseado na previsibilidade do ir à linha de fundo para cruzar, dependente do um-para-um e da força física, com taxas de sucesso discutíveis. A mais que lógica estratégia vertical e centralizada, ornamentada de um nível de circulação de bola intenso, como o futsal nos ensinou, parece tão irrefutável que transforma 95% dos treinadores de futebol actuais em idiotas chapados por não a utilizarem.
Há os que justificam esse menosprezo da evidência de uma estratégica destinada ao sucesso (a nível de espectáculo e de, crê-se, vitórias) com a necessidade de requerer artistas, como os do Barcelona ou da selecção espanhola, intelectuais e bons de bola, que tenham unhas para a guitarra, e, pois, não podendo ser posta em prática por gente mais estronça.

Posto isto, testemunho que foi com surpreendente interesse que assisti ao AC Milan - Tottenham. Surpreendente pois não tenho acompanhado o futebol do Milan, desconhecendo também o trabalho do seu actual treinador, Massimiliano Allegri, vencedor do prémio treinador do ano da Serie A por duas vezes consecutivas ao serviço do Cagliari (eu disto e doutras coisas não sabia). Surprendente também porque conheço o futebol do Tottenham o suficiente para saber que é ordinário (além de inglês) e portanto dali não viria nada de bom.

Mas o Milan trouxe precisamente esse cheiro a Arsenal pelos pés de Gattuso, Flamini, Robinho, Pato e Ibrahimovic, numa insistência do apoio vertical e do jogo pelo corredor central do princípio ao fim do jogo, só contrariada pelas arrancadas de Abate pela lateral direita, impossíveis de acontecer tivesse o Milan prioritizado essa via. A disciplina táctica de Gattuso e Flamini, o talento de Robinho (visivelmente melhor aproveitado no meio do que encostado a uma ala), jogador com apreciável precisão de passe e raros laivos criativos, e claro Pato e Ibrahimovic, dois dos avançados mais inteligentes do planeta, que compreendem a importância de jogar de costas e possuem um notável sentido colectivo, privilegiando a continuidade da posse de bola mas capazes de audazes soluções a um ritmo elevadíssimo, permitiram ao Milan apresentar um futebol deveras excitante. Paradoxalmente a essa excitação intelectual, não criou grande perigo na baliza do Tottenham, excepto em seguimento de cantos.

Quanto ao Tottenham, mostrou como uma equipa que passou os noventa minutos a forçar as laterais, como quem pica gelo, através de sobretudo Lennon na direita, mas também de Pienaar pela esquerda (este com uma exibição interessante, não o sabia tão bom jogador), forçando centros de todo o lado, na esperança de que o gigantone de serviço criasse, sem aparente método, embaraço à defesa italiana, consegue ganhar o jogo em San Siro… num contra-ataque fruto da intercepção de um passe vertical no centro do terreno quando os italianos decidiram subir a equipa. Irónico.



Mil 0-1 Tot
Enviado por mrgoalsarena. - Mais vídeos de esportes profissionais e amadores.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O Benfica e o espectáculo

Li há tempos que o Barcelona para ganhar necessita jogar bem, enquanto para o Real esse requisito não é aplicável. Depois de ver ontem o Benfica da 1ª e da 2ª parte concluí que estamos mais próximos da realidade catalã. Não me desagrada, mesmo sabendo do handicap que isso representa para competir com o futebol clube do Porto, clube que não joga bem há meses, mas só sabe ganhar.

Outro ponto relativamente a este tema, e que me agrada bastante, foi ver ontem o público a assobiar Roberto próximo do final do jogo a queimar tempo. Os benfiquistas vão ao estádio e querem ver espectáculo. Na iminência de não revalidar o título, este é mais que um conforto que nos resta. E isso mesmo, viu-se, também, contra o Guimarães, numa altura em que 11 pontos separam o Benfica do topo, 55 mil pessoas rumaram à Luz para ver um bom espectáculo... e viram um excelente.

Fico contente com esta mentalidade. Revejo-me nela. Eu que no início do ano não conseguia ver um jogo completo do Benfica e que cheguei a ver um Benfica a vencer sem qualquer entusiasmo ou "nota artistíca", prometi que faria as pazes quando notasse no mínimo querer, crer e entusiasmo. Com tudo isso e com os jogadores que o Benfica tem (e treinador) a consequência é o almejado espectáculo.

Já agora, outro aspecto bem importante no jogo do Benfica é a humildade... quando ela existe o Benfica arrisca-se a ganhar. Quando não há, nem mesmo um Torreense não levaria de vencida esta equipa. Deste jogo contra o Estugarda e desta primeira parte, fica o aviso para Alvalade.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Futre candidato

Este post é só para deixar claro que Paulo Futre é uma coisa, Roberto Futre, outra. Não temos nada a ver com o primeiro.

Taliban do sporting

Hoje é um dia feliz.
Quem pode querer saber da chuva e do vento ou da crise quando o Dias Ferreira se vai candidatar a presidente do Sporting? O auto-proclamado Taliban do Sporting é tudo menos um tédio e promete animar estas eleições que pareciam cair de interesse depois da desistência do Sr. "50 Milhões e a candidatura é para levar até ao fim". Aguardamos por boas peixeiradas televisivas à altura de eleições no Benfica ou pela transformação súbita de Dias Ferreira em "estadista", numa jogada à altura do ar circunspecto e grisalho de Pedro Santana Lopes quando o governo lhe caiu no colo.

O Sporting pode estar à beira do precipício mas aqui está um homem que sabe dar um passo em frente.

Carrega Taliban!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A mania das grandezas Vs Ambição

"É um treinador que se lhe derem condições põe as equipas a jogar futebol"

"O xxxxxxxx tem o perfil do treinador que defendo como o único capaz de resolver grande parte dos problemas do clube"

"perfil exigido para recolocar o Sporting no topo (e não é no topo Paulo Bento, é no topo Cinco Violinos)"


De vez em quando visito um blog sportinguista muito popular, com dezenas de comentários/post com a intenção única de estudar o estado de espírito da populaça sportinguista do momento. O discurso assemelha-se às alarvidades que se ouvem nas bancadas de Alvalade: incoerências, sobretudo, que vagueiam ao sabor dos resultados; um alvo apetecível para qualquer candidato populista.
São a malta que assobiava o Barbosa durante 89 minutos e no outro aplaudiam-no de pé. A malta que viu no JEB um grande presidente. São os que acreditam que o Costinha não vai dar espinhas ou que o Paulo Sérgio é bom treinador e que depois mudam de opinião quando o evidente acontece. Agridem verbalmente os que deles discordam, chamam-nos de "lampiões" e outras obscenidades. Pôem em causa o seu sportinguismo. E depois atrevem-se até a dizer que, por exemplo, o Manuel José é o único capaz de dar a volta à coisa. Baseados em quê? A resposta vem a seguir, se estiverem interessados:

"Foi o treinador que deu 7-1 aos lampiões."

Os sportinguistas encontram-se neste momento totalmente perdidos. E isso é o que mais me assusta em relação ao futuro do clube. Querem-se grandezas d'outrora resolvidas do dia para a noite. Crê-se que o problema é simples, resolvido com base numa ou outra contratação. O desespero é tanto que passam a acreditar que um treinador como o Manuel José é capaz de dar a volta à coisa. Apresente esta ideia aos sportinguistas e verá como a maioria concorda. É isso e 50 milhões.

Sidnei

Quando Sidnei chegou ao Benfica, deu rapidamente para perceber que há ali talento mas falhas de concentração algo frequentes, e uma concorrência forte (reconheça-se), foram colocando-o na sombra onde, ao que consta, passou muito tempo a encher-se de iguarias brasileiras ao invés de se superar nos treinos.
As falhas de concentração poderiam ser atribuídas à sua juventude, mas era importante ganhar mais agressividade e menos lastro.
Parece agora que Sidnei vai ter as oportunidades que pretendia e os adeptos vão poder descobrir que tipo de jogador está afinal ali. É que é interessante registar, como comentava comigo hoje um colega de trabalho, como o brasileiro parece ter maiores dificuldades a executar tarefas simples do que complexas - exemplo: passos curtos vs passos longos. Por aqui, parece que o caminho do progresso de Sidnei é mais do que tudo mental e, em particular, de concentração.
A rever...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Símbolos

Com a saída de Liedson, pus-me a pensar sobre símbolos do Sporting. E ao contrário do que as pessoas querem pensar nenhum veio das escolas. Passo a explicar:
-Futre: sai para o FC Porto e quando tem hipótese de regressar vai para o Benfica.
-Figo:  sai quando termina o contrato depois de assinar por 3 clubes. Festeja um golo ao Sporting na qualidade de suplente como se de um decisivo para um título se tratasse.
-Simão: bem, este os sportinguistas não o têm como símbolo por razões óbvias.
-Cristiano Ronaldo: um tipo que pondera regressar apenas quando for "carcaça"
-Nani: 1 ano e meio no clube, meses e meses de assobios
-Moutinho: nem vale a pena explicar.
-Carriço: um Beto, inserido numa equipa pior, faz com que pareça melhor que o Beto, estando longe de o ser.

Sobram Sá Pinto, Barbosa e... Liedson.
Barbosa: um jogador de classe mas mandrião, só corria em anos de renovação, só pode ser considerado símbolo do dia mundial da sesta com estas características.
Sá Pinto: um tipo que as suas mais famosas batatadas foram dadas enquanto estava no Sporting, tem tanto mérito para estar nesta lista como qualquer lutador de vale tudo.
Liedson: um jogador que se fartou de marcar, que passou os seus melhores anos no Sporting e que recusou convites dos rivais...
Enfim, o Sporting está sem o seu grande símbolo dos últimos tempos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O Sporting está com Sida

Em 2009 JEB disse que os sportinguistas iriam ter saudades de Paulo Bento mais cedo do que pensavam. Analisando as declaraçoes de Paulo Sérgio e de Costinha, um autentico vislumbre das trevas, arrisco-me a dizer, com profunda gosma na garganta, que ainda vamos ter saudades do Bettencourt.
Não quero com isto dizer que mais valia deixa-lo la estar, o pobre diabo, mas nunca pensei que o clube permaneceria neste lodo durante tanto tempo. As perspectivas não são nada boas. A infecção tornou-se cronica, multi-bacteriana e já não se vislumbram glóbulos brancos que consigam oferecer resistência.
O Sporting está com SIDA, é mesmo assim, e em estado avançado. Os médicos remanescentes neste hospital-fantasma sofrem de incompetência grave ou em alguns casos de loucura aguda. Zombies, cujas caras se desfazem, percorrem os corredores que caem aos pedaços. O estádio está de quarentena, ninguém la quer entrar. Os amigos e familiares metem as mãos nos bolsos, seguem as suas vidas como podem, rareiam as visitas. As terapias que a OMS vai timidamente sugerindo invalidam-se á partida, baseadas em medicinas empíricas e desesperadas: pouco significantes e dúbias injecçoes de capital (como quem tenta apagar o incêndio com copos de água), evocação de antigas glorias leoninas (como se o quadro patológico estivesse relacionado com a caracteristica de sportinguismo e não com a competência), ou ate mesmo quem advogue chamamentos de santos curandeiros.
Eu quase que tenho saudades dos tempos em que o precipicio estava a dois passos.

A cada sugestao de alternativas ou de candidatos, treme-me a alma. Pode-se ter assim tanto azar ao ponto de para alem de se ter um Bettencourt, um Costinha e um Paulo Sergio aos comandos, na hora de os render só surgirem idiotas e/ou vermes?
Cheira-me que se está a preparar um cenário tão negro, tão vazio de ideias, tão desesperado que é capaz de tornar propícia à continuação do projecto Roquette. Assim como quem não quer a coisa.

Qual o baluarte?

Poucas semanas depois de entrar no Sporting eram já muitas as tiradas infelizes e totalmente desajustadas de JEB. As quais prefiro não listar para não massacrar os leitores menos sádicos.
No entanto JEB funcionava como um Oásis de estupidez no Sporting. Na altura, Barbosa mal se ouvia e Paulo Bento, apesar da agressividade de discurso, tinha nexo.
Actualmente, com Paulo Sérgio e Costinha, JEB já não é um oásis, e disputa o estatuto de baluarte. Os seus discípulos lutam, com a mestria própria de quem embebeu tudo o que de mau o seu mestre tinha para dar, pelo papel de estúpidos da corte. E nenhum apostador consegue qual o próximo dos três a abrir a boca para sair algo similar a merda mas em forma verbal. A estupidez de JEB está, enfim, diluída.
Pela deficiente comunicação destes seus contratados, mas também pelos pobres resultados, sugiro que o futuro empregador de JEB nunca o considere para o departamento de recrutamento. E claro tão pouco para o de comunicação.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Liga Europa

Com esta distância pontual, mas a jogar tão bem quanto tem jogado, já muitos benfiquistas sonham com a possibilidade do título nacional. Pois bem, desenganem-se. Mesmo estando o Porto a jogar como está, este não é um campeonato nem longo, nem competitivo. Assim sendo, e pegando no exemplo do ano passado em que vimos que o Benfica teria dificuldades no campeonato caso eliminasse o Liverpool, este é o ano do Benfica atacar a Europa (e Taça da Liga e de Portugal). Ganhar a Liga Europa é possível com o que o Benfica tem jogado. Numa competição onde o Benfica teve a sorte de ter pela frente o Estugarda e Bate / PSG, os maiores rivais serão Manchester City, Villareal, Bayer Leverkusen, Liverpool e Porto. Os quais duvido que estejam todos em prova ainda nos oitavos.

Como tal, apesar do descalabro inicial, esta tem tudo para poder ainda ser uma época memorável. E caso não haja qualquer título, continuem apenas a dar espectáculo porque esse é um catalisador maior de receitas (estádios cheios, jogadores valorizados) que muitos campeonatos.

* Esta minha posição relativamente ao campeonato pode mudar caso o Porto vá com 6 pontos de avanço à Luz.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O treinador do Sporting lamentou os erros cometidos pela sua equipa


Estou cheio de nódoas negras, mas com vontade de apanhar mais porrada”.


Estivessemos em Espanha, o Paulo Sérgio teria há já muito tempo ameaças de porrada na caixa postal do telemóvel. Na Rússia já lhe faltaria um mindinho, pelo menos. E na Colômbia provavelmente uma bala alojada no cerebelo. Mas estamos em Portugal, é pacífico.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Porto acusa o toque?

Infelizmente (à partida) para a competitividade do campeonato, o Porto não tem este fim-de-semana um jogo muito complicado, que desafie realmente a moral da equipa na ressaca da derrota com o Benfica.
Ainda assim, vamos todos (tirando os adeptos do Porto) aguardar com expectativa a possibilidade de o líder isoladissimo derrapar e pelo menos manter a ilusão do Benfica, aumentando o interesse da competição.
Força João Tomás, este fim-de-semana não precisas de ir à selecção para Portugal estar contigo.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O inverso da supertaça

Um Porto arrogante a não saber reagir a um golo cedo.
Um Benfica com atitude e com vontade de se mostrar.
0-2.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cristóvãos e Josés Eduardos

Estava ontem a falar com um grande amigo que deu em activista do Sporting e a certa altura tocámos no tema da importância determinante que os media desportivos têm na campanha presidencial de um clube grande.
Ele referiu o exemplo de Paulo Pereira Cristóvão que não teve uma exposição minimamente comparável à de Bettencourt, limitando logo à partida o alcance do seu projecto. Aquilo que lhe fiz ver é que os jornalistas de desporto precisam desesperadamente de manter o seu acesso privilegiado aos clubes para vender o seu produto e para isso têm que se alinhar com os vencedores - não correndo o risco de serem "penalizados" mais tarde.
No caso de PPC, a falta de cobertura da sua campanha tem muito que ver com ninguém a ter levado muito a sério. O sr. não é um homem carismático, os portugueses não têm grande amor nem respeito às forças da autoridade e Bettencourt era o vencedor anunciado. Não creio que a oposição pudesse ter vencido com este candidato mas com uma distribuição mais equitativa de atenção mediática poderia pelo menos ter feito mais mossa no super-sucesso eleitoral do candidato da linha Roquette.
Hoje decidi escrever sobre isto porque mais uma vez vejo uma atenção impressionante dada ao plano de José Eduardo para o Sporting, o qual nem sequer surge associado a uma candidatura!!?! O contraste entre o tratamento que é dado a José Eduardo e Cristóvão é absolutamente fascinante. José Eduardo é um fervoroso sportinguista, tem conhecimento por dentro do futebol e tornou-se um empresário de sucesso, mas não é único com este perfil e aposto convosco que a grande generalidade, se também se auto-recriasse a fazer um plano para o clube, iria ter como plataforma de divulgação as suas reuniões familiares e de amigos. Mas os meios "gostam" de José Eduardo... provavelmente na mesma proporção em que "não gostam" de Cristóvão. E diria que têm motivos para isso. Ainda assim, um era um candidato à presidência do Sporting e o outro... bem... é um adepto conhecido.

Dado o contexto, a oposição pode tomar uma de três atitudes.
1 - Ignorar que existe este processo
2 - Lamentar-se e protestar com os media e outros moinhos de vento
3 - Aprender a funcionar dentro deste jogo

Quanto ao ponto 1, desafia os seus adeptos a aceitarem uma tarefa antes de partirem para esta solução. Pesquisem por "José Eduardo Sporting", "Bettencourt Sporting" e "Cristóvão Sporting" e tirem as vossas ilações.

No que toca ao ponto 2, permitam-me a provocaçãozinha, os sportinguistas podem tomar a mesma atitude que têm com o árbitros e tornar-se os campeões da queixa. Mas a verdade é que ninguém gosta (e muito menos respeita) queixinhas e o veículo que precisarão para ampliar os protestos é precisamente aquilo contra o que querem protestar.

Como se pode perceber, sugiro que optem pela 3ª opção. Escolham um candidato passível de ser levado a sério, utilizem profissionais de comunicação na preparação da estratégia de campanha e concentrem a vossa mensagem em 2/3 pontos. Executar bem estas três tarefas permitirá "quebrarem a crosta" e terem alguma atenção. Depois, o vosso "produto" terá de fazer-se valer face ao adversário.

Um Sporting saudável e forte é fundamental para o futebol e o desporto português, mesmo para pessoas como eu que muitas vezes são seu adversário. Seja quem for que vença as próximas eleições, espero que traga para cima este clube muito especial.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Passivo e activo

Já por algumas vezes vi ser lançada em conversas a seguinte questão: "numa relação homossexual há sempre um passivo e um activo? ou trocarão?".A verdade é que nunca vi uma resposta clara a este tema. No entanto, ontem tive mais uma pista quanto à resolução deste mistério. Leio os jornais e vejo que o Kléber está a um passo do Sporting, com menos destaque falam também do Djalma. Notícia boa e analgésica da perda quase cosumada de Liedson . Dois jogadores que acrescentariam algo à equipa. E Kléber com um pé e meio no Dragão era desviado para o Sporting...
No entanto, o Atlético Mineiro (detentor dos direitos económicos do jogador) rói a corda, apelidando de "rídicula" a proposta do Sporting, e Djalma recusa, perspectivando-se já um acordo, também, com o... Porto.

David Luiz tem o que merece

Não sei se foram 20M€ ou 35M€, já vi contas para todos os gostos, mas David Luiz é jogador do Chelsea.
O que tenho a dizer é que o valor de mercado dos jogadores é de tal forma especulativo que qualquer número nesse intervalo gigante de 15M€ me parece bem. O David Luiz merece.
Trabalhou muito no Benfica e chegou à selecção brasileira e ao reconhecimento internacional e, estando aberta a possibilidade, porque haveríamos de o privar de ir ganhar muito mais, jogar com jogadores melhores, contra jogadores melhores, em estádios cheios?
Apesar de não estar a fazer uma grande época, vamos sentir muito a falta dele. O Benfica e as próprias competições nacionais, perdem um dos seus atletas mais talentosos e carismáticos.
David Luiz está fora, vamos ver quem ocupa o seu lugar.
Hoje já li um caro ex-colega, que é comentador desportivo em alguns canais por cabo, a escrever que se abre a porta a Roderick Miranda "aquele que será o melhor central português desde Humberto Coelho". Acho que o benfiquismo dele estava em esteróides quando se lembrou desta tirada mas, ainda assim, partilho o seu entusiasmo em descobrir se aparecerá um novo talento para ocupar a posição de David.