Tenho sentimentos contraditórios ao analisar os receios na blogosfera e jornais em relação à continuidade de Mourinho no Real Madrid.
1 - Por um lado, estamos a falar de um clube que é muito difícil de treinar, com um historial recente muito conturbado, independentemente do capital disponível para investimento - esta visão é praticamente unânime. Exigir o sucesso total e imediato, ainda para mais tendo como adversário directo uma equipa como o Barcelona, parece-me um absurdo.
2 - No entanto, assistir ao jogo de ontem foi quase tão doloroso como assistir a um jogo do Sporting - uma equipa trapalhona, sem ideias, sem capacidade de construir uma jogada que fosse, tendo como únicas aproximações à baliza adversária remates desesperados de fora da área, cada vez mais absurdos à medida que o cronómetro se aproximava dos 90, período no qual a estratégia de jogo directo - Casillas-Adebayor - levou os espectadores para um futebol do século passado, seguramente hilariante para os adeptos blaugrana. Se a isto se juntar a conturbada contratação do Adebayor, que no fundo nos suscita a todos, presumo, o receio de ter sido tanto barulho por um nabo, não é de todo de estranhar as presentes dúvidas em relação à continuidade de Mourinho.
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