segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Em Maio do ano passado, escrevi no saudoso Monos da Bola que "Mourinho, por sua vez, vai entrar numa trituradora de treinadores que supera o Benfica. Terá de ganhar à primeira, será provocado em todos os campos de Espanha e provavelmente nunca o futebol vizinho quis tanto ver alguém a falhar."

Mourinho não está realmente a ter vida fácil no Real. O desempenho na Liga Espanhola até pode ser considerado bom mas apenas para quem não considera o comparativo com o Barcelona como única unidade de medida possível. É verdade que não parece justo pedir-se em meses que se transforme uma amálgama de jogadores num produto acabado à altura de uma super-equipa que não perde pontos e joga muito - talvez a maior máquina de futebol a que assisti na minha vida. Mas é o próprio Mourinho que coloca a fasquia aí. Os dirigentes e os adeptos levam à letra a sua extraordinária confiança e qualquer coisa abaixo de um grande sucesso é um fracasso.

Quando chegou a Espanha, Mourinho "empurrou" para a segunda época a candidatura mais séria à Liga Espanhola. No entanto, o que se parece ter ouvido no país vizinho (e por todo o Mundo) foi a promessa de sucesso imediato. Agora, parece que não vamos ter a oportunidade de descobrir como seria realmente a segunda temporada do português no Real...

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